PASSANDO DOS LIMITES

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Em certos casos, a distorção de áudio é até bem-vinda: que o digam as guitarras elétricas e seus pedais!

Por Fernando Ramos
Foto Shutterstock.com

Analisando o áudio de uma forma simplista, associamos o termo “distorção” à saturação de equipamentos, tanto analógicos quanto digitais. Considerando que os amplificadores e as caixas de som ou alto-falantes têm um limite máximo de operação, assim que o sinal tentar ultrapassar este limite, a onda será achatada e escutaremos o famoso “som de caixa estourada”, popularmente conhecido como “distorção”. E, dependendo do equipamento, este será imediatamente desligado, por precaução.

No caso do áudio digital, chamamos esse fenômenode “clipping”, mas a distorção é muito mais do que isso e pode ser audível mesmo que a forma de onda esteja linda, comportada e sem clips. Por definição, distorção é qualquer tipo de alteração sofrida pelo original. Mesmo em uma cadeia analógicade altíssima qualidade, o áudio gravado a que escutamos sofre vários tipos de distorções até chegar aos nossos ouvidos. Do momento original, onde o instrumento a ser captado gera o som, até o instante em que os alto-falantes reconstroem a onda acústica, o sinal passa por microfones, cabos, mídias temporárias e equipamentos diversos.

 

TIPOS DE DISTORÇÃO

Cada um desses elos adiciona certa quantidade de distorção, mais ou menos perceptível, dependendo das condições de audição e da sensibilidade de cada ouvinte. Assim, é possível que um mesmo áudio – escutado em um determinado local, mas por pessoas diferentes – gere opiniões distintas no que se refere à sua qualidade.

Ruídos também podem ser considerados um tipo de distorção, já que alteram o conteúdo original do som. Para entender mais sobre isso, continue lendo o artigo, aqui!