Imagine um sistema baseado em objetos (e não apenas em canais de áudio). É a maior imersão sonora que se pode imaginar!

Texto: Fabio Tucci

Nos sistemas de home theater, o som surround representa 50% da emoção do filme. Atire a primeira pedra quem nunca baixou o volume em uma cena “tensa” em filmes de terror, para não sentir “tanto” medo? Quem nunca o fez, deveria experimentar. Acredito que 50% do envolvimento com o filme se perderá, reduzindo-o a uma simples imagem (e nem importa se for UHD!).

Para ser considerado um verdadeiro sistema A/V, o home theater (como o conhecemos) deve contar, inicialmente, com cinco caixas acústicas e um subwoofer – os quais, devidamente posicionados, ajustados em nível, crossover e fase, serão responsáveis pela distribuição dos efeitos da trilha sonora do filme da maneira que o diretor e a equipe a concebeu.

Aqui, parto do princípio de que você possui um receiver A/V e caixas de qualidade para traduzir todo o detalhamento sonoro. Os sistemas in-a-box, vendidos em conjunto e em uma única embalagem, ficam anos-luz atrás do verdadeiro resultado de um sistema bem dimensionado. Uma caixa acústica mal posicionada coloca em risco toda essa riqueza de detalhes, tão importante para quem deseja experimentar a real sensação do “cinema em casa” – muitas vezes, até com uma TV e não com um projetor.

Nem todos têm em casa ambientes disponíveis para a acomodação de muitas caixas acústicas. Sistemas como o 7, 9 e até 11 canais, mais um ou dois subwoofers, requerem espaço físico e dimensionamento técnico corretos para o aproveitamento de todos os seus recursos fantásticos. Mas a indústria não pensa assim e espera que você tenha cada vez mais caixas acústicas na sala (mesmo que sua esposa não aprove essa ideia…).

Estamos assistindo a filmes com envolvimento sonoro desde a distante era do Dolby Prologic (anos 1980), usado nas fitas de videocassete, e do AC-3, no início dos anos 1990 (no “discão prateado’’ Laser Disc), até o advento do Dolby Digital, muito difundido atualmente, ao lado do DTS. Mas, agora, surgiu o espetacular sistema Dolby Atmos, baseado em objetos (e não apenas em canais de áudio), o que exige um sistema com caixas acústicas no teto (estrategicamente posicionadas); ou caixas acústicas surround adicionais e específicas que direcionam o som para o teto, criando uma imersão jamais percebida, com incrível detalhamento sonoro (os engenheiros de som conseguem situar um determinado objeto exatamente aonde desejam nas inúmeras caixas de som que uma sala de cinema com essa tecnologia pode ter).

Nos home theaters domésticos, as configurações de caixas acústicas podem ser: 5.1.2, 5.1.4, 7.1.2, 7.1.4, 9.1.2 e 9.1.4, dependendo do espaço dedicado às sessões de cinema doméstico, onde o último número refere-se à quantidade de caixas que o sistema apresenta no teto. O problema é que os títulos em Blu-ray compatíveis com a tecnologia são muito poucos, atualmente.

Agora, cabe a nós, profissionais do ramo e entusiastas dos avanços tecnológicos, a partir de nossas casas ou apartamentos padronizados com um espaço exclusivo para nossas sessões de filmes, nos convencermos em abastecê-lo de mais algumas caixas acústicas. Já comentei sobre o investimento necessário para a troca do receiver AV, que, obviamente, deverá ser compatível com a tecnologia?

Quem viver assistirá às melhores imagens possíveis e se emocionará com outro grande avanço tecnológico em se tratando de entretenimento doméstico. Vale a pena imaginar!

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