Conheça os personagens que possibilitam o “serviço completo” em projeto de automação residencial

Texto: George Wootton 
Imagens: Divulgação

Você está construindo ou reformando e pensa em adquirir uma solução de automação residencial? Acho um ótimo investimento! Vamos dar uma olhada nos personagens com os quais você terá que interagir nesse processo?

Falemos, primeiramente, do fabricante. Sim! Há fabricantes nacionais! A maioria criou um sistema a partir do zero, sem copiar nada de ninguém. E há os importados, que usam distribuidores brasileiros para chegar ao mercado. Mas será muito difícil você tratar diretamente com um fabricante.

Isso porque a maioria deles não vende diretamente ao público. Preferem utilizar integradores (outros personagens de nossa história), que são sua força de vendas. Os motivos são bem justificados: por mais simples que seja o sistema, existe uma necessidade de treinamento, para que tudo funcione a contento. Afinal: um sistema de automação residencial exige algum conhecimento de elétrica e de programação.

Quem for projetar e instalar o sistema deve conhecer bem seus limites e potenciais. Assim, eles têm a possibilidade de estar presentes em todos os locais de forma profissional, por meio de seus integradores. E você vai querer que o responsável por seu sistema de automação esteja sempre presente em sua região.

Capacitação

Falemos de outro personagem: o integrador. É ele quem oferecerá soluções, acertará todos os detalhes com você e fornecerá, instalará e garantirá o sistema. O integrador pode ser uma pessoa física ou jurídica; prefira a pessoa jurídica, pois você terá mais garantias (por exemplo, pedir nota fiscal dos produtos e serviços e contar com suporte e garantia fornecidas pelo fabricante).

Os integradores precisam mostrar sua capacitação ao cliente. Isto pode ser feito por meio de obras anteriores ou certificações. A AURESIDE, Associação Brasileira de Automação Residencial e Predial, é uma das certificadoras existentes. Ela administra treinamentos a integradores e emite certificados com validade de um ano. Se você quiser conhecer os integradores certificados por ela em sua área, consulte a lista de associados da AURESIDE em sua região.

Esses profissionais também devem ser certificados pelos fabricantes para terem direito de comprar e revender os produtos. Verifique se o integrador é aprovado pelo fabricante. Se não quiser questionar o integrador diretamente, procure o fabricante. Lembrando que o integrador ideal deve conhecer mais de um sistema (para poder oferecer o que melhor se adapte a você, seu imóvel e seus recursos) e contar com uma equipe mínima para atendê-lo. Uma pessoa só não conseguirá instalar e por para funcionar um sistema de automação em um tempo adequadamente curto.

Infraestrutura

Busque referências e converse com amigos que já têm sistemas do gênero instalados. Assim você saberá o que eventualmente pode dar errado e poderá conversar com mais clareza com o integrador. E há um personagem (na maioria dos casos, não diretamente associado à automação) que poderá ajudá-lo a tirar o maior proveito possível dos recursos que um sistema pode oferecer: o arquiteto ou engenheiro responsável pela obra de construção ou reforma.

É importante entender que a automação exige que a infraestrutura de iluminação e elétrica, no mínimo, seja preparada adequadamente para receber o sistema. Em geral, não são grandes interferências, mas elas precisam ser feitas e isso não fica a cargo do integrador. Ele apenas as documenta para que o responsável pela obra prepare a infraestrutura.

E, para que você entenda a importância de definir a automação o mais cedo possível, há sistemas que simplesmente eliminam a necessidade de fiação entre o interruptor e a lâmpada. Sabendo disso de antemão, você não desperdiça dinheiro (e o responsável pela obra não desperdiça tempo!).

Achar que a automação pode ser vista “depois” só aumenta a dor de cabeça e minimiza a chance de aproveitar o investimento ao máximo. Portanto, o seu engenheiro ou arquiteto tem que ser envolvido no processo. E o quanto antes!

Aproveitamento máximo

Confesso que será difícil encontrar um desses personagens realmente versados em automação e que saibam usar este recurso em favor de um projeto mais inteligente. Em geral, eles optam pela simplicidade e pela “zona de conforto”. Afinal, uma obra sempre tem complexidades e dificuldades em quantidade suficiente. Se você não teve a possibilidade de contratar um engenheiro ou arquiteto com essa capacitação, envolva-o na questão, faça-o entender que a automação lhe é importante e que você quer seu investimento bem aproveitado. Certamente ele irá colaborar com o integrador em tudo que o envolver. E se entenderá com o integrador para saber como aproveitar ao máximo as potencialidades do investimento.

Porém, se você pensar no “timing” de um projeto, há um ponto delicado a gerenciar. Você precisa de informações e definições da automação bem no início do projeto, mas só pretende contratar os serviços e equipamentos na hora de instalá-los, o que será um pouco antes do acabamento, deixando vários meses entre um evento e outro.

E aí, temos uma situação complicada. Você quer automação, quer que seu arquiteto a considere no projeto e precisa que ele converse com o integrador, mas, como este está vendendo sistemas, só estará disposto a passar mais informações após você contratá-lo. E você não tem intenção nenhuma de colocar um pedido com um fornecedor para receber os materiais meses depois.

Consultoria

É quando surge um novo personagem, pouco conhecido ou requisitado: o consultor de automação residencial, também chamado de projetista. A princípio, ele pode parecer um custo a mais – portanto, dispensável. Mas não se engane. Ele pode ser o seu elemento-chave para economizar tempo e dinheiro, minimizar conflitos e maximizar os benefícios da automação. Um consultor ou projetista não vai lhe vender o sistema, não tem interesses financeiros atrelados à venda. Ele está ali para entender seus requisitos, intermediar com o arquiteto ou engenheiro os cuidados para a preparação e para auxiliá-lo na definição do tipo de sistema, na escolha dos integradores e na análise das propostas.

Este profissional analisará as opções de mercado e apresentará orçamentos aproximados para que você verifique se cabe em seu investimento. E não se acanhe: se estiver acima do que você pretende gastar, converse com o seu consultor. É papel dele apresentar alternativas mais em conta e analisar reduções de escopo para adequá-lo ao orçamento. Sua missão é viabilizar a automação. Ele trabalha para você e ganha dinheiro prestando este serviço. Você é o único a quem ele precisa agradar. E o sucesso dele será medido por sua satisfação e pelas referências que você lhe fornecerá.

Agora que você conhece melhor os personagens, que tal pensar seriamente em ter uma casa inteligente, do jeito que quer?

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