AUTOMAÇÃO NA TERCEIRA IDADE – PENSE GRANDE!

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Investir em automação residencial é investir no próprio futuro

Texto: George Wootton
Imagens: Divulgação

Quando chegar à chamada “Terceira Idade”, é possível que você queira continuar a morar em sua própria casa, manter sua independência e não depender dos filhos para se cuidar… E terá que convencê-los de que estará bem e em segurança!

Imaginemos, então, duas situações: na primeira, você não investiu em automação quando construiu sua moradia (na época, achou que isso seria desperdício e ostentação). Na segunda situação, você investiu em automação (seja porque já enxergava um valor na tecnologia, seja por aquela máxima: “já que todos estão fazendo, por que não?”).

Possíveis cenários

Bem, chegamos ao futuro. Você está na Terceira Idade e começou a ter dificuldades para se locomover (nada muito sério, só uma leve dor nas juntas). Também tem um pequeno problema de memória e uma saúde quase perfeita (considerando a idade que tem e a vida que levou). E, na hora de dormir, é sempre a mesma coisa:

Situação 1: você sai pela casa toda apagando as luzes que não são necessárias, desligando aparelhos de ar-condicionado, trancando portas… Será que esqueceu alguma coisa?

Situação 2: você se deita, pega o celular e comanda “Vou Dormir”. As luzes certas são apagadas, os aparelhos certos são desligados, as portas são trancadas e até o sistema de alarme, que você havia esquecido na “situação 1”, é acionado. E, se esqueceu de dar o comando, o sistema detecta que você está em seu quarto (no horário em que costuma dormir) e que ninguém mais está em casa; e ele mesmo toma a inciativa de comandar os equipamentos!

Outro cenário possível: lembra daquele dia em que estava tudo muito corrido e você tinha várias coisas para fazer? E no qual você decidiu esquentar o leite, mas acabou esquecendo-o no fogo até que ele fervesse, se derramasse e…

Situação 1: o fogo se apagou, o gás vazou e, se não fosse a intervenção do seu neto, um desastre teria ocorrido!

Situação 2: o detector de gás “sentiu” o vazamento, fechou a válvula e ainda mandou um aviso para o seu celular.

Conforto e mobilidade

Eu poderia me estender em vários outros exemplos, mas creio que já ficou claro que a automação residencial pode ajudar a pessoa idosa a manter sua individualidade e independência, diminuir os riscos de acidentes e minimizar os efeitos de problemas de saúde.

As funcionalidades mais diretas incluem aquelas relacionadas com o conforto e a mobilidade. Outros exemplos são: controle de temperatura e luminosidade dos ambientes sem a necessidade de intervenção, ou mesmo ligar a TV no canal e volume certos com apenas um comando, o que simplifica muito a vida da pessoa idosa.

A automação ainda pode contribuir para a segurança física da residência, cumprindo o papel de sistema de alarme e de detecção de fogo, fumaça e gás. E os mesmos sensores de presença que avisam sobre a invasão podem ser utilizados para acompanhar a pessoa idosa pela propriedade, ajudando-a no destrancar de portas e acionamento da iluminação.

Outras aplicações

Vamos um passo além? Esses mesmos sensores que já conseguem acender luzes com as presenças de pessoas (ou mesmo gerar um alarme de intrusão conforme o horário e a programação) podem cuidar da saúde dos idosos (de forma indireta, é claro). Uma empresa está usando sensores de presença, comunicação IoT (Internet das Coisas) e processamento de informações na “nuvem” para estudar a rotina da pessoa idosa e determinar eventos fora do comportamento-padrão.

Se ela acordou “muito” fora do horário, se ficou na sala além do tempo habitual, se está no banheiro há mais de meia hora… Estas são situações que podem indicar algum problema relativo à saúde. Um parente próximo, então, é avisado do incidente, para que verifique o que está ocorrendo. Concordamos, então, que a automação residencial pode melhorar a qualidade de vida da pessoa idosa, preservando sua individualidade? E que ela também deixará seus filhos mais tranquilos, já que a pessoa em questão estará sendo devidamente monitorada?

Mudanças de perfil

É importante notar que os equipamentos utilizados quando temos em mente esta aplicação são os mesmos que empregamos quando apenas queremos ampliar o conforto e a segurança em nossas residências. A mudança do perfil de uso de uma família jovem para um casal de idosos é simples: apenas modificamos o que deve ser observado (e a resposta a certos comportamentos).

Isso quer dizer que um sistema que seja instalado na atualidade, quando você ainda é jovem e está construindo a casa, poderá ser utilizado (com mínimas modificações) quando você chegar à Terceira Idade. Então, ao considerar a inclusão da automação em sua nova residência, pense mais adiante!