Entenda como funciona a tecnologia dos televisores mais procurados pelos consumidores da atualidade
Texto: Juliana Mel
Imagens: Divulgação
Quando se acha que a tecnologia atingiu um pináculo na escala de evolução, eis que ela dá um jeito de nos surpreender. Já faz algum tempo que se fala em TVs de alta resolução, mas nada se compara ao surgimento dos modelos 4K, que possuem imagens quatro vezes mais nítidas e realistas que os televisores Full HD convencionais. Este avanço atrai cada vez mais adeptos, tanto que, segundo um levantamento da IHS DisplaySearch, de um total de 226 milhões de aparelhos vendidos em 2015, 32 milhões eram UHD.
Para definir o padrão desses novos modelos, organizações do setor, como a Associação de Eletrônicos de Consumo (CEA) e a Digital Europe (DE), estabeleceram regras para a certificação UHD. E uma delas diz que um pixel deve reproduzir, de forma independente, uma ampla variedade de cores.
Estrutura do pixel
Antes de mais nada, é preciso conhecer os parâmetros que definem a resolução 4K. O pixel é a menor parte de uma imagem – e este é composto por subpixels nas cores vermelho, verde e azul, que permitem que as cores produzidas sejam precisas. Tais luzes, quando ligadas juntas, formam o branco. E quando desligadas, formam o preto. O padrão é conhecido como RGB e está presente tanto em aparelhos de captação como de reprodução de imagens.
Além deste, há uma versão modificada de sistema de cor chamado RGBW, na qual partes do RGB são transformadas em luzes brancas. Estas, no entanto, distorcem a estrutura do pixel e fazem com que a imagem perca a qualidade, a claridade, o brilho e a nitidez, além de limitar a quantidade de cores que a TV é capaz de exibir. Por esse motivo, de acordo com alguns testes realizados pelo Conselho Norueguês de Testes e Aprovação de Equipamentos Eletroeletrônicos (Nemko), ficou comprovado que o RGBW é inferior à resolução UHD.
Outra instituição, o Instituto de Testes e Certificação VDE, também realizou uma verificação e os resultados atestam que o RGBW foi incapaz de reproduzir o padrão de modo preciso, uma vez que houve perda de 25% da claridade com a resolução horizontal. Diante disso, as determinações da CEA e da DE afirmam que um pixel só é considerado real se, em sua estrutura, houver apenas a presença das três cores primárias da luz (vermelho, verde e azul), independentemente da existência de subpixels adicionais não RGB.
A Samsung conseguiu conquistar os certificados de UHD da DE e da CEA para todos os seus modelos de TV UHD e SUHD de 2015 e 2016. Ou seja: entra nessa nova hora com total confiança.