A evolução do Receiver foi grande nos últimos anos. Além de pesos e medidas, o aparelho deu um grande salto tecnológico e entrega ainda mais funcionalidades
Texto: Fabio Tucci
Instalar, desinstalar, conectar, testar, religar, programar, manusear, dimensionar, projetar e substituir são algumas das tarefas efetuadas diariamente por uma empresa especializada no setor de áudio, vídeo e automação residencial. Imagine o leitor quantos equipamentos e sistemas foram manuseados por mim e por meus colaboradores ao longo dos 20 anos de experiência deste projetista e colunista de Áudio & Vídeo – Design e Automação? E, principalmente, o quanto a tecnologia evoluiu nesse período?
Lembra-se de como era um receiver A/V há 10 anos? Comecemos pelo peso deste que é o equipamento fundamental para um home theater: se, antes, 15kg de componentes eram necessários para a montagem de um receiver de nível intermediário, hoje esta medida caiu para 10kg. Já a profundidade (antes, de 40cm) foi reduzida para aproximadamente 33cm, enquanto a altura caiu de 18cm para 15cm. O receiver deixou de ser um “peso-pesado”, agilizando a vida de quem o manuseia diariamente, e passou a ocupar menos espaço na sala.
Mas é no painel de conexões que a evolução fica realmente evidente. As diversas conexões analógicas RCA, S-VHS e videocomponente (tão utilizadas há 10 anos) foram substituídas por algumas poucas conexões analógicas de áudio e vídeo, diversas conexões HDMI, Network, USB (frontal), as convencionais conexões das caixas acústicas, multi-room e uma ou duas saídas de subwoofer, dependendo do modelo (5.1, 7.1, 7.2, 9.2, 11.2, etc.). Além de pré-out, RS-232, entradas ótica e coaxial.
Enquanto os antigos equipamentos ficavam acomodados nas estantes das salas, os novos trazem uma série de recursos, como Wi-Fi, comandos por meio de aplicativos do fabricante, IP control, AirPlay, Bluetooth, DLNA, rádios on-line e integração com serviços de streaming de música online, como o Spotify, por exemplo. Contam, também, com suporte para Dolby Atmos, DTS-X, processamento de vídeo 4K UHD 60Hz, HDMI 2.0a, modo para redução de consumo de energia e calibragem de áudio automática.
Há uma década, era necessário seguir um pequeno ritual para ouvir música: escolher um CD na estante, colocá-lo na bandeja do player e selecionar uma faixa e o Input no receiver. Já nos modelos atuais, é possível que o usuário conte com um serviço de streaming de música. É só apertar o Play na interface do aplicativo do serviço (no smartphone ou tablet) para que a música toque nas caixas acústicas do sistema ou na casa toda, dependendo do projeto realizado.
Hoje, quem gosta de ouvir música quer a comodidade de poder ver as faixas que estão sendo tocadas na tela do smartphone, tablet e na própria TV do sistema. E realizar os comandos a partir destas interfaces, de qualquer lugar da casa, o que aposentou aquela necessidade de se estar acomodado na frente do equipamento para uma audição. O streaming de música permite o acesso imediato ao conteúdo desejado e a liberdade dos comandos renova o hábito de ouvir música em vários ambientes.
Aproveitando este início de ano, defina um momento para deixar para trás o seu receiver “jurássico” e investir em uma atualização. Sua mente agradecerá aos novos estímulos – e seus ouvidos serão brindados com uma nova forma de ouvir suas músicas preferidas no conforto do lar. Ah, sim: e se possível, aproveite para substituir também os demais equipamentos obsoletos do sistema, antes que sua sala fique parecida com um museu!