Lares interativos

Depois das “casas inteligentes”, vêm aí os “lares interativos”

Por José Assunção Júnior

No início do século passado, as residências já possuíam um ponto de luz e uma tomada em cada ambiente. Essa tecnologia seguiu evoluindo até os anos 1970, quando surgiram os primeiros sistemas de automação residencial.

O avanço foi muito rápido e, hoje, o que vemos é uma nova revolução no que entendemos por “instalações elétricas residenciais”.

Um dos grandes responsáveis pelo aprimoramento dos sistemas é a inteligência artificial. Grandes empresas estão investindo bilhões de dólares neste tipo de tecnologia, que já começa a mostrar seus resultados.

ASSISTENTES DE VOZ

As grandes sensações do momento são os assistentes de voz – equipamentos que atendem a comandos de voz para executar inúmeras tarefas previamente programadas. Devido ao preço acessível de tais soluções, se você ainda não possui essa tecnologia em casa, é muito provável que logo venha a ter.

Depois do surgimento dos primeiros equipamentos, uma nova geração de soluções já esta disponível. Por exemplo, o assistente de voz com reconhecimento de face, que atende a questões de segurança e identifica e atende comandos de pessoas autorizadas.

Também há o assistente de voz chamado “coach da saúde”, um dispositivo que pode avaliar as condições ambientais internas de uma residência por meio de sensores instalados que captam os índices de poluição interna, umidade e temperatura, atuando para corrigir algumas situações, abrindo janelas para melhorar a ventilação e acionando ou desligando sistemas de ar condicionado. Por voz, o dispositivo também orienta o usuário quanto a procedimentos que podem melhorar sua saúde frente às condições avaliadas.

AO ALCANCE DE TODOS

Outra novidade é o assistente de voz da Google, que pode atender a um comando do usuário, fazer uma chamada por telefone e manter um diálogo com o atendente (para pedir um taxi, marcar uma consulta médica ou agendar um compromisso). Uma geração muito mais inteligente que a velha secretaria eletrônica, que só gravava recados! Será que estes assistentes de voz atenderão às inconvenientes chamadas de telemarketing e dirão que não estamos interessados nas ofertas? Seria uma boa!

Para integrar alguns equipamentos, também já está disponível o comando por gestos, bem mais sensível e preciso, que pode “conversar” com inúmeros sistemas e atender a vários comandos.

Depois das casas inteligentes, das SmartHouses e das casas conectadas, será que agora teremos uma geração de casas “interativas”?

O que, até então, achávamos esquisito – pessoas fazendo gestos ou conversando sozinhas na sala ou no quarto – se tornará algo corriqueiro no dia-a-dia. Portanto, acostume-se! E o que é ainda melhor: essas tecnologias estarão ao alcance de todos.