Plasma, LCD, LED, OLED… As tecnologias variam, mas todas oferecem grandes vantagens

Texto: Fernando Ramos 
Foto: Divulgação

É interessante e divertido comparar as tecnologias dos displays atuais, já que todo mundo costuma ter dúvidas sobre este quesito. Eventualmente, a maioria dos entusiastas acaba por colocar seus “suados” Reais ou Dólares em um lado da batalha, alimentando, assim, o debate duradouro sobre alguns temas. OLED 4K é a mais nova tecnologia no mercado de TVs e, em minha opinião, em breve será uma alternativa viável para todos os setores. Portanto, qual delas é melhor? TV LCD, de plasma ou OLED? Podemos começar a abordar o tema pelos níveis de preto.

Apesar de suas semelhanças, as duas tecnologias são muito diferentes na maneira de enviar a imagem para o telespectador. A informação de cor nas TVs OLED é produzida utilizando-se compostos à base de carbono orgânico, que emitem luzes vermelhas, verdes e azuis, em resposta à corrente elétrica. As OLED são diferentes das LCD, em que não há luz de fundo, e produzem tons de preto mais eficientes. Nas OLED, não há nenhuma fonte de luz adicional para energizar os compostos orgânicos de cores. Por isso, elas consomem menos energia e podem ser fabricadas com um perfil extremamente fino.

COMPOSTOS ORGÂNICOS

Painéis de TVs OLED possuem duas ou três camadas de compostos orgânicos que estão localizados em uma camada superfina. O painel LCD é suportado por um material acrílico duro, que também protege os materiais interiores sensíveis, o que já muda tudo, logo de cara. Displays OLED usam uma camada elétrica para introduzir elétrons para a primeira camada de moléculas orgânicas. Já no caso do LCD, por meio de uma tela plana ou colocada no coração de um projetor, todos os monitores vêm da mesma base tecnológica.

A matriz de transistores de película fina (TFT) é que gera tensão de alimentação para as células líquidas cheias de cristais colocadas entre duas folhas de vidro. Quando atingidos por uma carga elétrica, os cristais se distorcem a um grau exato para filtrar a luz branca gerada por uma lâmpada por trás da tela ou através de um pequeno chip de LCD. TVs de LCD reproduzem cores por meio de um processo de subtração, no qual bloqueiam-se determinados comprimentos de ondas de cores do espectro de luz branca até que fique apenas a cor certa. Portanto, é a intensidade de luz passada através desta matriz de cristal líquido que permite que as TVs LCD exibam imagens repletas de cores.

TVs OLED são uma forma diferente de TV LCD – e às vezes, faz-se confusão entre ambas. Televisores OLED possuem excelência em níveis de preto e contraste, ultrapassando as LCD (que também costumam ser muito boas). Embora ambos os valores de contraste sejam irreais para a visualização humana, são indicadores do quanto as OLED são superiores nesta categoria. Uma vez que não há iluminação necessária para OLED, é fácil obter níveis profundos de preto limitando-se a condutividade para os compostos orgânicos emissores.

MENOS LUZ

Assim como as TVs de LED, as OLED consomem menos energia porque requerem menos luz. Branco e cores brilhantes exigirão o máximo de energia, portanto, quanto mais brilhantes, mais corrente fluirá através dos compostos orgânicos emissores.

Quanto maior a voltagem passada através dos cristais líquidos em um determinado pixel, mais plenamente aqueles cristais formarão o preto. Diferentemente das plasmas, as TVs LCD usam mais energia para exibir uma imagem muito escura ou preta. Este é um processo difícil e, apesar das recentes melhorias nas LCD, nos níveis de preto, só as melhores marcas de TV conseguiram derrubar a relação de contraste 10000:1, se igualando ao níveis de plasma.

A questão é um pouco complexa, pois, hoje, vivemos uma era surpreendente em se tratando de imagens – seja plasma, LCD, LED ou OLED, há muitas vantagens em todas as tecnologias. “Abrasom”!