Condicionadores trazem um benefício indiscutível, que é a proteção contra descargas atmosféricas e surtos de tensão na rede elétrica

Texto: João Yazbek

O condicionador de energia é usado com frequência em instalações de home theater e sua função é proteger os equipamentos e “limpar” a energia elétrica. Hoje, eles são encontrados em diversas versões: o condicionador de energia tradicional – com filtros e proteções –, o condicionador com estabilizador, o condicionador com isolação galvânica e o condicionador regenerador da energia elétrica. Além disso, temos os no-breaks de informática, que alguns usuários utilizam em home theater.

Proteção
Será que realmente podemos utilizar itens projetados para o setor de informática em nossos produtos de áudio e vídeo? Esta é uma das perguntas que iremos responder, além de esclarecer quais as vantagens e desvantagens de cada tipo e quando o usuário deve usar um ou outro tipo.

Os condicionadores trazem um benefício indiscutível, que é a proteção contra descargas atmosféricas e surtos de tensão na rede elétrica produzidos pelas mais diversas fontes, como: motores e cargas indutivas similares. Mas também há situações em que um condicionador pode atrapalhar o desempenho de um produto, principalmente se foi projetado levando-se em conta o custo, não a qualidade. Este será o assunto de nossas próximas colunas.

Também abordaremos a questão dos cabos de áudio (e de vídeo, pois há a convergência de ambos, no caso do HDMI). Este assunto talvez seja o mais polêmico a ser abordado, visto que a simples menção a um cabo com características especiais (e que custa algumas centenas de dólares) provocará as mais diversas reações nos consumidores e instaladores. Há aqueles que realmente acreditam no que o fabricante diz (e cobra) sem questionar e há os que são totalmente descrentes e céticos em relação às características e benefícios anunciados, questionando de forma incisiva o que é apresentado. Nesta coluna iremos elucidar alguns fatos.

“Eletromagnetismo”
Dividiremos o estudo dos cabos em alguns subitens, a saber: cabos de interconexão analógicos, cabos de interconexão digitais, cabos de caixas acústicas e, por fim, cabos de energia intercambiáveis no padrão IEC. Novamente, iremos partir para a análise objetiva do assunto, tentando traduzir os conceitos básicos que norteiam a operação desses produtos para uma linguagem que seja palatável ao leitor da coluna. Cabos são regidos por conceitos oriundos da física, ou seja: são regidos por leis da natureza. Nesse sentido, é difícil (senão impossível) transgredi-las.

Em Engenharia, há uma disciplina específica para explicar os fenômenos eletromagnéticos, chamada de “eletromagnetismo”, que rege a transmissão de sinais em cabos. Essa vertente da área é considerada, mesmo pelos engenheiros, como “difícil”, “complicada” e “pouco prática”. Materiais revolucionários ou esotéricos, muitas vezes, não trazem benefício algum, dado que materiais são apenas uma parte da solução do cabo.

Logicamente, há um ponto em que as melhoras são significativas: quando se parte daquele cabo de R$ 10,00 para algo melhor. Mas, a partir daí (e avançando na escala de preços), a coisa se torna mais difícil de justificar. Há um bom motivo para cabos de rede categoria CAT6 transmitir a taxa de bits que lhes é especificada. E esses cabos custam muito barato – logo não podem usar materiais sofisticados. Claramente a solução do problema reside em outro lugar (e não nos materiais).

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