Saiba o que levar em conta na hora de escolher a mesa mais adequada à sua sala de jantar ou área gourmet
Fotos Xavier Neto
O que pode ser mais gostoso do que reunir pessoas queridas em nossas casas, recebendo-as com um bom papo e, se possível, uma refeição saborosa? Esse hábito se tornou ainda mais prazeroso com o advento das áreas gourmet, que passaram a ter lugar cativo nos novos projetos de casas e apartamentos. E um local destinado a essa prática requer uma mesa compatível não apenas com sua função, mas, também, com as características espaciais do ambiente.
Tudo isso leva a uma dúvida muito comum na hora de adquirir um desses móveis para a sala de jantar ou área gourmet. O que deve ser levado em consideração para não errar na compra? Como nos ensinam as arquitetas Vanessa Paiva e Claudia Passarini, do escritório Paiva e Passarini Arquitetura, os critérios de escolha envolvem, além do formato e tamanho da mesa, o material do tampo.
A decisão pelo formato correto do tampo em relação ao ambiente é vital para garantir a funcionalidade e a estética do espaço. Uma mesa redonda é uma excelente opção para ambientes pequenos ou com crianças, já que a ausência de quinas elimina riscos de acidentes, além de melhorar a circulação. Uma mesa retangular ou oval, por sua vez, combina mais com cômodos com características quadriláteras, enquanto uma peça quadrada ou redonda é mais adequada às salas com os quatro lados iguais.
A conservação dos tampos é assegurada por meio do uso de bases de panelas e copos para proteger as superfícies contra o calor e umidade, além de jogos americanos que evitam atritos ou arranhões.
OS MATERIAIS E SUAS VANTAGENS
Embora seja essencial em qualquer cozinha, nas salas de jantar e áreas gourmet, essa mobília desempenha um papel ainda mais importante, reunindo pessoas para boas degustações e momentos especiais. “Não é um simples detalhe, pois essa base é responsável pela sustentação dos pratos servidos, bem como as variações térmicas entre o quente e o frio e a umidade dos copos”, explica Vanessa.
No que se refere aos materiais em que as mesas são forjadas, a madeira é sempre uma opção atraente, além de ser a mais comum, inclusive por ser muito resistente. Segundo Claudia, trata-se de uma ótima pedida para a área gourmet. Mesmo após um churrasco, a mesa não fica impregnada de gordura em seus veios e é fácil de limpar. “Com os devidos preparos, se torna muito tranquila de usar e fica muito difícil encontrar uma marca de copo”, destaca a especialista.
Já a laca é um tipo de pintura que pode ser aplicada em diversos materiais, como madeira, ferro e vidro, e ganhou espaço nos anos de 1970 por sua aparência brilhante ou fosca. A variedade de cores, o acabamento liso, primoroso e uniforme e a durabilidade frente às intempéries são algumas das suas qualidades positivas. Entretanto, é um material menos resistente do que a madeira. Segundo Claudia, mesas de jantar a laca pedem uma proteção extra, como um vidro para preservar o acabamento.
Aliás, a dupla de arquitetas aproveita o ensejo para desfazer um mito sobre o vidro, considerado um material frágil demais. Na verdade, trata-se de um material resistente, desde que tenha uma espessura adequada. No décor de interiores, pode compor diferentes estilos, desde o clássico ao contemporâneo.
OUTRAS OPÇÕES
Na visão das especialistas, a pedra é outra escolha muito interessante, por sua praticidade. Resistente ao calor e riscos, ela só tem um possível revés: uma eventual incompatibilidade com o ambiente, em especial, se o espaço já contar com muitas referências do mineral na decoração.
Bastante durável, o aço patinável, ou corten, tem um visual atraente e único, sendo o material mais “queridinho” no escritório de Claudia e Vanessa. De acordo com elas, o material envelhece muito bem e as manchas que surgem entram na normalidade do seu processo de existência. “Encaramos o aço corten da mesma forma que a madeira de demolição, pois o passar dos anos o deixa ainda mais exuberante”, observam as arquitetas.
Por fim, há a opção dos materiais sintéticos, ideais para áreas externas. Porém, as profissionais lembram que é fundamental levar em conta que sua estabilidade e longevidade são decorrentes da resistência à exposição dos móveis ao sol, chuva e umidade. Fáceis de limpar, eles resistem bem ao desbotamento provocado pela incidência de raios UV. A despeito de preferências particulares, a opção pelo material certo para a mesa é fruto de uma série de questões que devem ser respondidas previamente. A mesa será para sala de jantar ou área gourmet? Qual é o espaço disponível? O uso será constante ou não? O cliente fará uso no dia a dia familiar ou para receber convidados? É necessário ter as respostas para todas essas perguntas antes de bater o martelo.