Fotos Nenad Radovanovic, Denian Golovaty e Evelyn Muller

Biombos e divisórias vazadas podem ser elementos úteis e charmosos em um projeto de decoração

Muitas pessoas associam os biombos a estilos de decoração mais antigos, já que tais peças foram amplamente utilizadas em residências e espaços corporativos em décadas passadas. Mas essa é uma noção equivocada. Na verdade, tais peças, assim como as divisórias vazadas, nunca perderam a relevância nos projetos de interiores e, hoje, ainda têm presença garantida em ambientes que primam pela funcionalidade e a elegância.

De fato, os biombos surgiram há muito tempo (na época da China antiga) e, de lá para cá, foram ganhando espaço em residências de outros lugares do globo. Uma vantagem da peça é que, além de decorativa, ela também ajuda a “proteger” a privacidade dos ambientes. As divisórias vazadas, por sua vez, podem ser usadas para controlar a entrada de luz externa em uma propriedade, além de atuarem na distinção entre ambientes no conceito de integração.

“Úteis em áreas mais reservadas, eles também são excelentes quando o desejo é delimitar um espaço sem a necessidade de incorporar uma parede ou porta”, complementa a arquiteta Andrea Teixeira. “Além do efeito artístico do biombo, ele expressa uma identidade ainda maior nos projetos”.

PRIVACIDADE PONTUAL

As divisórias oferecem uma privacidade pontual, mas sem isolarem completamente um determinado espaço. “Como um recurso arquitetônico valioso, a aplicação nos abre inúmeras possibilidades de permitir que os ambientes conversem entre si, ao passo que também entrega uma circulação mais fluida para moradores e visitantes”, prossegue Andrea.

No que se refere aos materiais em que tais peças são confeccionadas, a arquiteta explica que os mais indicados são a madeira e certos metais, como o latão ou o ferro pintado, que atuam como sustentação da divisória. Com esse mix, é possível elaborar composições que ornem com a proposta da decoração. Quando a divisória possui elementos translúcidos, o revestimento do interior da estrutura deve seguir a proposta e contar com materiais como a palha vazada, tela aramada ou vidro, que proporcionam uma visão parcial ou integral.

Também segundo a especialista, é comum o uso das divisórias em ambientes que precisem de mais privacidade e conforto acústico, como os home theaters. Nesse ambiente, Andrea Teixeira já utilizou um biombo cinético com três folhas que têm a madeira e a palha de seda como revestimento. Ainda, a profissional adverte sobre a inclusão de divisórias em imóveis pequenos. “Com essa ideia de desmembrar ambientes, um elemento vazado acaba diminuindo mais o espaço”, alerta a arquiteta. Nesses casos, o vidro ainda pode afetar a ventilação entre os ambientes.