AJUSTE SEU SUBWOOFER!

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Sem um subwoofer de qualidade, não há home theater campeão

Texto: Fernando Ramos
Imagens: Divulgação

Em se tratando de importância real, faço uma analogia entre os subwoofers e os goleiros no futebol. Afinal: não existe time vencedor ou campeão sem grandes goleiros, tanto quanto não existe home theater perfeito sem um subwoofer de qualidade.

Ok. Mas ter um bom subwoofer não significa que seus problemas estão resolvidos. Afinal, assim como um goleiro pode ser heróico e ganhar um campeonato, também pode ser o vilão e acabar com um sistema homogêneo. Se o seu home theater tem bons equipamentos e ainda assim não oferece bons resultados em graves, o problema, muitas vezes, pode ser resolvido com um ajuste preciso.

Antes de ajustar o subwoofer, cerifique-se de que o receiver está configurado com o “lfe” (“low frequency effect”) em 0db. Assim, o receiver enviará os graves ao subwoofer sem que este sofra ganhos desnecessários. A maioria dos subwoofers ativos apresenta, basicamente, dois ajustes: ganho e frequência de corte (ou crossover). Nunca ajuste o ganho do subwoofer ao máximo. O uso contínuo, nesta situação, pode danificar a saída de áudio do equipamento. Além disso, com o som do subwoofer muito alto, a qualidade de áudio será prejudicada. O ideal é utilizar o ganho entre 50% e 70%, no máximo, de forma a preencher os graves no ambiente sem que estes se destaquem demais.

Já o ajuste da frequência de corte determina qual a máxima frequência reproduzida pelo “sub”. Este ajuste, que geralmente vai de 40 Hz a 200 Hz, dependendo do subwoofer, deverá ser feito levando-se em conta a resposta de frequência das caixas frontais. Se as caixas forem pequenas, incapazes de gerar sons graves, o ajuste da frequência de corte deverá ser feito de modo que o subwoofer supra esta limitação. O objetivo é impedir que haja uma faixa de frequência que não seja reproduzida nem pelas caixas frontais e nem pelo subwoofer.

Outro ajuste (presente em alguns modelos) é o controle de fase, que serve para atrasar a reprodução dos sons graves, possibilitando que o áudio fique sincronizado com os sons gerados pelas caixas frontais. Não há uma regra prática para determinar qual o melhor ajuste de fase. O ideal é se sentar no sofá e ouvir em que fase os graves ficam mais suaves e integrados com o som gerado pelas outras caixas do sistema. E, considerando que isto é muito subjetivo e pessoal –nem sempre o que é bom para mim é bom para você –, a audição de certos gêneros musicais diferentes se torna ainda mais importante para se chegar a uma decisão.