Entenda como funciona a tecnologia das TVs Ultra HD 4K, cada vez mais procuradas por consumidores de todo o mundo

Texto: Redação
Imagens: iStockphoto

Elas estão na “crista da onda”: também conhecidas como “TVs 4K”, as TVs UHD se tornam cada vez mais acessíveis para o consumidor. De acordo com uma previsão de mercado da IHS DisplaySearch, até 230,8 milhões de TVs deverão ser vendidas em todo o mundo em 2015, com as TVs UHD constituindo 13,3% desse montante (número que representa 30,6 milhões de unidades). Considerando que a proporção de TVs UHD em todo o mercado mundial foi de apenas 5% (11,7 milhões de unidades) no ano passado, pode-se dizer que tais produtos estão revitalizando o mercado.

O interesse do público se justifica pelas imagens muito realistas, com altíssimo nível de detalhamento. Afinal: sua resolução é quatro vezes superior à das TVs Full HD convencionais de igual tamanho. Com tanta qualidade de imagem em jogo, é importante entender o tipo de “4K” desejado nas “TVs UHD”. Nas próximas linhas, a Samsung – umas das fabricantes que têm se destacando neste segmento – nos explica o que define um bom produto do gênero.

Estrutura dos pixels
A tela é composta por pixels como a menor unidade. Cada pixel contém subpixels nas cores vermelho, verde e azul para produzir cores precisas (as luzes vermelha, verde e azul, ligadas juntas, produzem o branco; se todas estiverem desligadas, obtêm-se o preto). Essa é a estrutura tanto para equipamentos para reprodução (TVs, notebooks etc.) quanto para equipamentos para captação (câmeras de TV, cinema, celulares etc.). Tal padrão é conhecido com RGB.

Enquanto isso, o padrão RGBW é uma versão modificada em que partes de RGB (vermelho, verde e azul) são transformadas em luzes brancas. As luzes brancas do RGBW, porém, não apenas se tornam buracos ao representar as cores, mas distorcem a estrutura do pixel, tornando muito difícil a definição de linhas que são fundamentais para a tecnologia UHD. Relembrando que as câmeras de TV e cinema utilizam o padrão RGB, não WRGB, para captação das imagens. Em outras palavras: esses pixels brancos restringem e limitam a paleta de cores que a TV é capaz de exibir na tela, enquanto diluem a qualidade geral da imagem, afetando a claridade, o brilho e a nitidez.

Por causa desse fenômeno, o Nemko, Conselho Norueguês de Testes e Aprovação de Equipamentos Eletroeletrônicos, concluiu que “a resolução RGBW é inferior à resolução UHD e apresenta alguns problemas ao exibir linhas de cores verticais UHD”.

Reprodutibilidade com padrões de teste
O Instituto de Testes e Certificação VDE, uma associação técnico-científica europeia, também realizou um teste independente de verificação da qualidade. Os resultados revelaram que, “com RGBW, há uma perda de 25% da claridade com a resolução horizontal”; e que, ao conduzir um teste de pontos preto e branco, o “RGBW foi incapaz de exibir precisamente o padrão”.

Normas mais exigentes
Organizações do setor, como a Associação de Eletrônicos de Consumo (CEA) e a Digital Europe (DE), estabeleceram, recentemente, normas claras e programas de certificação de UHD. A DE e a CEA definiram claramente as normas de UHD em que um pixel deve reproduzir, de forma independente, uma ampla variedade de cores. Isso significa que um pixel é considerado real apenas se as três cores primárias de luz (vermelho, verde e azul) estiverem incluídas, independentemente de subpixels adicionais não RGB.

A CEA, credenciada pelo Instituto Nacional Americano de Normas (ANSI), é composta por membros de mais de duas mil empresas do setor de tecnologia de consumo nos EUA. A organização é uma fonte confiável. A DE – que representa o setor de tecnologia digital na Europa – é composta por membros das maiores empresas de TI, telecomunicações e eletrônicos de consumo do mundo e associações nacionais em toda a Europa. Como a fabricante “número 1” de TVs há nove anos consecutivos, a Samsung conquistou certificados de UHD da DE e da CEA para todos os seus modelos de TV UHD 2015.