Criado pelo escritório JADE Arquitetura e Design, o Espaço Hausz chamou a atenção no evento.

Assinado pelas arquitetas Ana Cristina Emrich e Juliana Durando, Espaço Hausz propõe um reencontro com a natureza

Foto Edgar Cesar

Criado pelo escritório JADE Arquitetura e Design, o Espaço Hausz foi um dos destaques da CASACOR Goiás, realizada no Flamboyant Shopping, em Goiânia (GO). Apresentando-se como uma ampla varanda gourmet com 104m², o ambiente ressaltou o tema da mostra: o Infinito Particular. Trata-se de um local idealizado para proporcionar o máximo de conforto, além de desfrutar um bem-vindo contato com a natureza (uma tendência que segue em voga no setor de arquitetura e decoração).

Segundo as arquitetas Ana Cristina Emrich e Juliana Durando, a intenção do projeto era transformar um espaço funcional, como uma varanda, em um refúgio, um santuário para as emoções. “Para isso, criamos vários convites para que as pessoas adentrem seus infinitos particulares por meio de pequenos rituais”, afirmam as autoras do projeto.

Clima de fazenda

O charmoso espaço de convivência idealizou a união do moderno e do rústico, trazendo um clima de fazenda para uma varanda urbana. Na busca por esse objetivo, as especialistas do JADE Arquitetura e Design fizeram uma curadoria criteriosa de materiais, que priorizava elementos naturais (entre eles, a madeira, o tijolinho aparente e o cimento queimado), que faziam uma composição com elementos mais modernos, como as estruturas de metal e bancadas de porcelanato.

Já na entrada do ambiente, brises realizados com cobogós cerâmicos (Manufatti, fornecido pela Hausz Concept Goiânia) contrastavam com portas automatizadas de vidro (Solid Systems), escolhidas para permitir a entrada de luz natural e integração com o exterior. O espaço ainda proporcionava dois momentos: de um lado, uma área social oferecia o cenário perfeito para receber visitas. Do outro, uma grande bancada com churrasqueira permitia agradáveis momentos gourmet.

Como destacam as arquitetas, tão logo entravam no ambiente, as pessoas eram convidadas a lavar as mãos, um ritual que se tornou importante e que permanece como um sinônimo de cuidado. A dupla de especialistas projetou uma bancada cimentícia com uma cuba rústica, que repousava sobre um piso de pedriscos com um caminho que levava ao lavabo. “Deixamos essa área florida para lembrar do momento de zelar por si”, prosseguem Ana Cristina e Juliana Durando. Nessa área, ainda se destacavam a parede de tijolinhos cimentícios (Manufatti) e o vistoso jardim vertical (Vert Green).

Ilha central

Delimitado por uma faixa de madeira no piso (Akafloor, fornecido pela Hausz Concept Goiânia), o espaço de estar ganhou mobiliários soltos, que se distribuiam de forma fluida. O sofá contava com uma manta de tricot, para se aconchegar, e as poltronas eram ideais para bate-papos descontraídos. A ampla mesa de jantar era um convite para boas conversas acompanhadas de um vinho.

Um toque extra de elegância foi adicionado por peças assinadas, como o sofá Single, de Simone Coste (Via Condotti), e a mesa de jantar Pier, da Neobox, rodeada por cadeiras de Jader Almeida. “Com um formato orgânico, a mesa estava rodeada pelas cadeiras Bossa, que trazem brasilidade ao usar a palhinha”, acrescentam as arquitetas. “Aproveitamos sua geometria para retratar o mesmo desenho no forro de gesso, instalado no centro do ambiente.”

A ilha central estava toda rodeada por banquetas assinadas por Jader Almeida, que aproximavam os convidados do chef. “Entendemos que, desde o momento da escolha dos ingredientes até o momento de servir, cozinhar é a expressão do amor’, observam Ana Cristina e Juliana. “Nesse ritual, o bem-estar envolve tanto quem serve, quanto quem come.”

A ilha era composta por lastras de porcelanato (Stato DellArte, fornecidas pela Hausz Concept Goiânia) fixadas sobre uma estrutura metálica preta (Ouro Inox), que, por sua vez, recebeu um cooktop elétrico (Elettromec, da Hausz Concept Goiânia). “Por ser elétrico, ele foi uma boa escolha para uma varanda aberta, evitando o desconforto que o vento poderia causar em uma chama”, dizem as profissionais do escritório JADE Arquitetura e Design. “A solução ainda permite que a bancada seja facilmente movimentada, uma vez que só depende de um ponto elétrico que fica discretamente embutido na serralheria.”

Por fim, para aguçar os sentidos e trazer a natureza para perto, espécies frutíferas e uma pequena horta foram acrescentadas ao ambiente. Em vasos de cerâmica que ficam próximo aos jardins verticais, havia mini-árvores frutíferas (Cooper Mudas) como o cajuzinho, laranja, limão e mexerica.