Consultoria aborda psicologia das cores voltada para o universo das arquitetura e ainda concede algumas dicas e conceitos para não errar na escolha
Cada cor tem sua influência sobre uma pessoa. Ao observá-las, nosso cérebro identifica e transforma cada uma em sensações e sentimentos. Sua função na arquitetura não poderia ser diferente, portanto, ao juntar um projeto bem elaborado, uma boa execução e o uso adequado da psicologia das cores na arquitetura, não tem como errar! E quem conta mais a fundo sobre o assunto é a arquiteta Bárbara Juliani, sócia fundadora da Contraste Arquitetura, escritório em São Paulo.
A profissional começa mostrando um panorama do que percebe em sua área: “Muitos tem dificuldades de sair do básico para espaços coloridos e ambientes cheios de emoção, porém esta é uma aventura irresistível, já que há um mundo de tonalidades”. Suas principais dicas são: “A cor pode vir de um móvel, uma obra de arte ou das paredes. Independentemente de onde esteja aplicada, o que precisamos deixar de lado é o medo de experimentar, mas sem esquecer que a harmonia entre elas é fundamental”, comenta Bárbara.
A especialista então apresenta o Círculo cromático: “É uma representação das cores percebidas pelo olho humano, para entendermos como funciona e como aplicar a teoria na arquitetura, precisamos tê-lo como um grande aliado. Só então podemos compreender como transmitir determinadas emoções de acordo com a necessidade de cada local”. Cor por cor, Bárbara explica o efeito que elas causam nas pessoas:
A psicologia das cores
· Vermelho: Símbolo do amor, da emoção, do prazer. Assim como do desafio, agressão e tensão. Essa cor expressa urgência e alguns tons estimulam o apetite.
· Violeta: Remete a sabedoria, mistério e espiritualidade. Acalma e transmite bem-estar. Cria um ambiente luxuoso, atrai mais atenção e destaca-se em qualquer lugar
· Azul: Dá sensação de paz, harmonia e serenidade. Lembra limpeza, água e produtividade. Se usado em tons escuros transmite segurança, confiança e poder.
· Laranja: É uma cor estimulante e jovem. Incentiva a expansão, criatividade, entusiasmo e otimismo. Promovendo mudança e dinamismo.
· Amarelo: Incentiva a criação e a comunicação. Desperta sentimentos bons, como alegria, otimismo, simpatia, confiança e autoestima, mas também pode demonstrar irracionalidade, medo e fragilidade emocional.
· Verde: É uma cor associada a saúde, natureza e vida. É muito reconfortante para os olhos e lembra equilíbrio, frescor, harmonia e coisas saudáveis. Também pode, contudo também é capaz de desencadear sentimentos como tédio e estagnação.
Arquitetura e psicologia das cores
De acordo om a arquiteta: “As cores precisam ser pensadas desde a concepção do projeto. Por isso, nós nos preocupamos em alinhá-las com a arquitetura e com o design, para que o conjunto faça sentido. As nuances precisam aparecer de forma estruturada e bem distribuída”. Tendo este pensamento, Bárbara fala, brevemente, os principais tipos de harmonização: “A monocromia utiliza somente uma cor e suas diferentes intensidades e tonalidades, o famoso ‘tom sobre tom’. A analogia, trata-se de cores que compartilham uma mesma base e por isso não existe contraste entre elas, podendo ser usadas na arquitetura de interiores para criar a sensação de continuidade nos ambientes. Por fim, as cores complementares ficam opostas no círculo cromático, criam contraste agradável aos olhos”.
Na psicologia das cores dentro da arquitetura tudo é muito lógico e racional, para criar ambientes mais calmos, a melhor escolha são as cores mais claras e tons pastéis, se a ideia é um espaço mais descontraídos, uma opção são cores fortes e tons mais escuros. Para finalizar, Bárbara alerta: ” É necessário avaliar o tamanho do seu cômodo, afinal, isso também influencia na escolha da coloração, se for pequeno, por exemplo, cores muito vibrantes, como o vermelho, o laranja e o amarelo devem ser evitadas.”