Empresas buscam projetos corporativos que aliam a integração dos ambientes com a privacidade exigida

Texto: Amanda Libel

Foto: Divulgação


Alguns empreendedores buscam por arquitetos e designers que possam criar projetos que transformem o ambiente em um local de interatividade e, ao mesmo tempo, isolamento profissional.

Em um de seus projetos corporativos, o arquiteto Gabriel Velloso da Rocha Pereira – diretor do escritório Horizontes Arquitetura – utilizou a divisória de vidro com persiana integrada para atender à demanda do cliente, que necessitava de espaços de reunião e salas de diretoria com privacidade e isolamento acústico tendo, ao mesmo tempo, interação entre os funcionários.

“Desenvolvemos o projeto com conceito de transparência e integração visual entre os ambientes. A divisória de vidro com persiana integrada atendeu perfeitamente às demandas, em princípio conflitantes: privacidade x transparência”, explica o arquiteto.

Além disso, Gabriel ressalta que as divisórias de alto padrão de vidro com persiana integrada permitem flexibilidade e controle da privacidade e que existem vários modelos que podem ser aplicados a diferentes necessidades. Para ambientes integrados podem ser usadas divisórias de vidro do piso ao teto. Em ambientes um pouco mais restritos a divisória pode ter uma base opaca, com vidro a partir da metade da altura”, enfatiza.

Segundo a designer de interiores Laura Santos, o uso de drywall também é um bom recurso para projetos corporativos neste estilo, pois ele auxilia tanto na acústica quanto na setorização do espaço. Em um de seus projetos que visa a integração e a privacidade do ambiente, a profissional utilizou uma meia parede de gesso e uma pele de vidro, fundamental para que haja a privacidade necessária, porém, sem ter uma divisão visual.

Para a designer de interiores, estes projetos são cada vez mais utilizados pelas empresas como uma forma de mostrar a sua visão no mercado, tanto para os funcionários, quanto para seus clientes. “Atualmente, os espaços corporativos são mais integrados. A pessoa tem visão do cliente, da empresa como um todo. É interessante até mesmo para passar credibilidade, pois a empresa quer mostrar a sua grandeza e isso é uma tendência. Porém, a sala de reunião necessita ser um espaço mais reservado e precisa ter estes artifícios para fazer espaços que se integrem, mas que consiga fazer com que um não tumultue o outro”, conclui.

Gabriel Velloso avalia que esta forma de projeto corporativo é diferenciada dependendo da cultura de cada empresa, onde a integração dos espaços pode ser ou não bem-vinda. “O uso deste tipo de divisória deve ser estudado caso a caso, nunca aplicado como uma tendência universal. O uso deste tipo de material depende muito do conceito do projeto e da cultura da empresa. Em espaços onde há grande interatividade entre os funcionários, as divisórias transparentes com controle de abertura são muito bem-vindas, mas há outras situações que não são.”, encerra.