Um refúgio para os momentos de contemplação, gazebos e pergolados funcionam bem até em jardins menores
Nos últimos tempos, eles voltaram a ter destaque em projetos decorativos para áreas externas. Bonitos (e muitas vezes, até românticos), os pergolados e gazebos sempre são uma charmosa solução para espaços ao ar livre. Eles são um refúgio relaxante e ideal para os momentos de contemplação e ainda podem ser cheios de personalidade.
“Essas estruturas funcionam bem até mesmo em jardins menores e sempre devem ter um design harmonioso ao projeto arquitetônico e paisagístico”, observa Cezar Scarpato, arquiteto e paisagista à frente do escritório Scarpato Arquitetura. Para quem não sabe a diferença entre gazebo e pergolado, o especialista destaca o que distingue cada uma dessas estruturas, que têm funcionalidades distintas.
“Gazebos são estruturas cobertas e geralmente abertas lateralmente para ventilação e apreciação das áreas externas”, explica Scarpato. “Pergolados, por sua vez, servem para apoio de espécies trepadeiras para sombreamento parcial, geralmente descobertas, e funcionam como áreas de estar em meio ao jardim.” Há casos em que os pergolados também funcionam como uma solução para uma circulação sombreada, enquanto os gazebos são exclusivamente um espaço de permanência.
A manutenção de pergolados e gazebos deve ser periódica. Via de regra, uma limpeza semanal na estrutura se faz necessária, assim como a limpeza dos mobiliários e retirada do excesso de pó e folhas. No caso de espaços com fechamento de vidro, toldos ou esteiras, a limpeza pode ocorrer uma vez ao mês, ao passo que a pintura da estrutura deve ser refeita semestral ou anualmente.
Valorização da área externa
Com estruturas parecidas, eles podem ser feitos de concreto, madeira ou alvenaria. Mas o arquiteto enfatiza que os materiais utilizados em sua execução devem combinar com a arquitetura do jardim, uma vez que funcionam como anexos da edificação principal. O gazebo ou o pergolado deve se harmonizar com o restante do projeto.
Dois tipos principais de espécie são muito indicados para trazer vida à estrutura: plantas arbustivas escandentes (entre elas, as bouganvilleas, congeias, flor-de-são-miguel ou jasmins), que geram um volume na parte superior do pergolado; e trepadeiras com flores pendentes, cujos ramos, ao se entrelaçarem entre o vigamento e flores pendentes, formam uma espécie de cortina colorida (tumbergias azuis, sapatinho-de-judia e trepadeira jade são algumas opções listadas pelo arquiteto).
Ainda segundo Scarpato, todo pergolado ou gazebo deve ser projetado para valorizar ao máximo a área externa. Daí a importância de se considerar com critério o local onde a estrutura será instalada (deve ser um espaço de fácil acesso, mas que garanta privacidade; e em se tratando de áreas comuns de condomínios, longe das janelas de apartamentos, para ter proteção contra detritos). “Questões relacionadas ao conforto, como insolação e ventos, e questões de design, como visuais para paisagem de dentro para fora, também devem ser considerados”, acrescenta o especialista.
Mobiliário e iluminação
Embora a escolha dos mobiliários para os pergolados e gazebos permita um bom leque de opções (tudo dependerá do estilo da estrutura e do gosto do proprietário), é importante que as peças sejam próprias para uso em áreas externas, ou seja: que contem com tecidos tecnológicos e resistentes ao sol, à chuva e ao vento. Conforto também é fundamental, razão pela qual chaises combinam bem com esses espaços.
Por fim, no que se refere à iluminação, Cezar Scarpato indica o uso de fontes indiretas, somente para destacar detalhes do projeto. Projetores de piso, arandelas nos pilares ou fitas de LED podem ser boas escolhas, assim como balizadores baixos usados como indicação de acesso à estrutura. “Pendentes ou projetores direcionados podem ser incluídos, para ajudar na iluminação de mesas de apoio ou cantinhos de leitura”, afirma o arquiteto.