Segundo o Pós PhD em neurociências Fabiano de Abreu Agrela, Elon Musk almeja uma simbiose entre humanos e máquinas
Como reza o ditado popular, o futuro não cansa de nos surpreender. Especialmente agora, quando a tecnologia evoluiu tanto que não parece haver mais limites para as conquistas da ciência. Quer um exemplo? Segundo o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, o projeto de chips cerebrais do bilionário Elon Musk pode estar direcionado para uma simbiose entre seres humanos e robôs.
Sempre polêmico, Musk, recentemente, liberou sua empresa Neuralink para realizar testes com chips cerebrais em humanos. Com isso, o debate sobre o uso da tecnologia foi reacendido. Porém, o bilionário pode estar planejando algo que transcende os limites deste projeto. Criada em 2016, a Neuralink tem a missão de avançar no desenvolvimento de tecnologias de interface cérebro-computador. Sua missão é criar conexões diretas entre o cérebro humano e dispositivos externos, utilizando eletrodos implantados na superfície cerebral.
BENEFÍCIOS TERAPÊUTICOS
O novo dispositivo desenvolvido pela empresa seria implantado no cérebro e teria o potencial de trazer benefícios terapêuticos a uma variedade de condições médicas, como paralisia, depressão e até cegueira. Além disso, a tecnologia poderia permitir a interconexão direta entre o cérebro e supercomputadores, bem como a capacidade de armazenar memórias.
Entretanto, questões éticas e legais foram levantadas em relação à viabilidade e aos possíveis impactos desse plano. O debate se concentra em preocupações como privacidade, segurança, autonomia individual e potenciais abusos do acesso direto ao cérebro humano. O Dr. Fabiano de Abreu Agrela acredita que o projeto de Musk é interessante, por trazer a cura e reativar membros.
“Por exemplo, fazer um cego enxergar, um surdo ouvir, uma pessoa com Alzheimer se lembrar e até mesmo pessoas sem mobilidade voltarem a andar”, exemplifica Agrela. “Mas sabemos que, no mundo científico, nem todo estudo e projeto é somente aquele que beneficia, mas também o que descobre, revela, antecede e o que aguça as ambições”.
O Dr. Fabiano Agrela ainda lembra que Elon Musk já alertou sobre o risco da inteligência artificial e a possibilidade de os robôs se voltarem contra nós. “Ele também deixou escapar que, por trás do Neuralink, há uma prevenção através da simbiose para que nós sejamos as máquinas”, conclui o Pós PhD em neurociências. “Dessa forma, o risco da IA ‘sair do controle’ seriam menores, pois ela estaria, de alguma forma, integrada a nós”.
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