Sensação de proximidade com a Natureza ajuda a reduzir o estresse e a ansiedade, especialmente nos tempos atuais
Poucas coisas trazem mais equilíbrio que uma reconexão com a natureza – especialmente nas grandes cidades, onde somos submetidos a uma alta dose de estresse diário. Na arquitetura, essa sensação pode ser proporcionada pela Biofilia, que traz a natureza para dentro dos ambientes e aumenta as sensações de conforto e bem-estar.
Desde o início da pandemia, o conceito ganhou ainda mais adeptos – nunca antes se valorizou tanto os espaços que possam contribuir para o equilíbrio mental. Entre os benefícios obtidos por uma maior aproximação com a Natureza estão a redução da pressão arterial, do estresse e da ansiedade, assim como o estímulo à criatividade e à concentração.
Silhuetas botânicas
Segundo o Global Impact of Biophilic Design in the Workplace (estudo desenvolvido pela Interface com a análise de 7.600 postos de trabalhos em 16 países), a biofilia em ambientes de escritório aumenta em cerca de 6% a produtividade, 15% a sensação de bem-estar dos ocupantes e 15% a criatividade.
Na decoração, isso pode ser obtido com o uso de elementos como água, vegetação, luz natural, pedras e madeira. “Também podemos utilizar formas e silhuetas botânicas no lugar das linhas retas e, ainda, estabelecer relações visuais entre a luz e as sombras”, diz Ana Paula Pimentel, arquiteta do Grupo A.Yoshii. “Existem várias maneiras de fazer essa integração no design biofílico, mas acredito que as soluções mais acessíveis seriam o uso da vegetação e da madeira, que é um material natural e versátil”.
Essa maior proximidade com a Natureza tem sido uma das diretrizes nos lançamento da A.Yoshii. Um exemplo é o Quintessence, que conta com uma fachada valorizada pelo verde e aposta na biofilia em todas as dependências do edifício. No interior, o projeto arquitetônico também priorizou o melhor aproveitamento da luz e ventilação natural.
Já no empreendimento Harmonie, o conceito de biofilia é predominante nas áreas livres de convivência. O espaço de coworking e salas de reuniões dão acesso aos jardins externos, composto por plantas nativas e escultóricas, além de plantas frutíferas, como pitanga e jabuticaba.
“Permanecendo mais tempo em casa, as pessoas estão tendo novos olhares para as formas de habitar esses espaços”, acrescenta Ana Paula Pimentel. “Quem, por exemplo, não conhece alguém que passou a valorizar plantas e hortas, inclusive no cultivo de espécies frutíferas? No jardim ou dentro de casa, a presença da vegetação se tornou indispensável”.
Acolhimento
A madeira é um elemento de grande relevância no decorado do Landscape, marcando presença nos espaços privativos. Segundo a arquiteta, além da beleza estética, a madeira proporciona uma sensação de acolhimento e aconchego e dá aos ambientes uma impressão de maior amplitude (especialmente, na tonalidade clara).
No Terrazza di Rimini, lançamento no Bela Suíça, a madeira também é um elemento recorrente nos revestimentos dos quartos e da sala de estar. Outro diferencial são os espaços ao ar-livre nas áreas de lazer, que integram o empreendimento à natureza.