Além de seu apelo decorativo, jardins verticais podem melhorar a qualidade do ar e contribuir para o conforto térmico e acústico
Fotos JP Image e Gui Morelli
Cada vez mais presentes nos lares brasileiros, os charmosos jardins verticais trazem para o nosso cotidiano um pouco da beleza e do bem-estar que só a natureza pode proporcionar. Além do toque decorativo que dão às propriedades, eles ainda melhoram a qualidade do ar e contribuem para o conforto térmico e acústico.
Esta solução original tem sido empregada com frequência em apartamentos pequenos, mas requer certos cuidados. “Atualmente é possível pensar em jardins verticais em diversos ambientes do lar, seja em áreas internas ou externas. O importante é se lembrar que ele é composto por espécies vivas”, afirma a arquiteta Ieda Korman.
Com muita experiência nesse tipo de projeto, Ieda e Carina Korman, do escritório Korman Arquitetos, têm dicas excelentes para quem quer trazer um pouco de verde para dentro de casa.
Preparando o terreno
Em primeiro lugar, as arquitetas lembram que há várias formas de criar uma parede verde: isso pode ser feito na forma de uma prateleira com vasos, uma treliça com plantas e vasos fixados e até um quadro que exerça a função de jardim vertical. Os materiais também são diversos e incluem: aço, ferro, concreto, cerâmica e madeira.
Carina Korman ressalta que, ao optar por um jardim vertical, é importante averiguar se a parede escolhida para recebê-lo é capaz de suportar sua carga. Lembre-se que, embora as estruturas dos jardins verticais normalmente sejam leves, a elas é acrescido todo o peso das espécies escolhidas, além de terra e água.
“Também é recomendado deixar o jardim vertical levemente afastado da parede, para evitar umidade e infiltração”, prossegue Carina. Outra recomendação é considerar a existência de um ponto hidráulico, embora, atualmente, existam estruturas com mecanismos de bombeamento e irrigação, que podem ser aplicadas em qualquer ambiente.
Manutenção
Quanto à irrigação propriamente dita, esta pode ser feita por meio de um sistema automático ou manual. No caso de uma parede verde maior, o mais indicado é adotar o sistema automático, que possui uma bomba pressurizadora e torna o processo mais prático. Para garantir a vitalidade das espécies, as arquitetas indicam deixar sempre a terra ou substrato úmido (mas nunca em excesso).
Há outros truques que podem tornar o seu jardim vertical mais bonito e vistoso. Ieda Korman afirma que o ideal é escolher uma parede que receba iluminação natural, mas que não tenha uma exposição exagerada à luz solar. No geral, é a luminosidade do ambiente que irá determinar, também, as melhores espécies para compor sua parede verde.
“Para ambientes internos e com menor incidência solar, opte por plantas de sombra”, ensinam as arquitetas. “Ambientes externos funcionam melhor com plantas mais resistentes. Nos dois casos, o ideal é escolher espécies duradouras, que demandem menos manutenção”.