Afinal, o que podemos esperar da tecnologia 6G, que irá substituir o 5G no futuro próximo?
Muito se fala na telefonia celular (móvel) com tecnologia 5G, mas o 4G ainda nem funciona a contento em todo o Brasil. Para os que anseiam viajar com os smartphones mais modernos e ter o sinal 5G espalhado por todo o País, um lembrete: o cronograma da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) prevê essa implantação completa apenas para 2029. E, apenas um ano depois, a tecnologia sucessora do 5G (o 6G) deverá estar presente em várias partes do mundo.
NAVEGANDO EM ONDAS MILIMÉTRICAS
Assim como a rádio FM utiliza ondas na faixa das dezenas de megahertz (ou seja, dezenas de milhões de ciclos, ou oscilações, por segundo), o 6G utilizará as chamadas ondas milimétricas, com dezenas a centenas de bilhões de oscilações por segundo, ou faixas de frequência com até alguns trilhões de oscilações por segundo.
Se, por um lado, transmitir um sinal em cima de uma onda que oscila tão rapidamente acelera a transmissão dos dados, por outro, essas ondas de rádio são muito mais sensíveis a obstáculos do que as frequências utilizadas nas redes celulares 5G e no Wi-Fi, que, por sua vez, já são bem mais sensíveis a obstáculos do que as ondas utilizadas nas gerações 1G a 4G da telefonia celular.
Comparar o 5G com o 6G em termos de velocidade e alcance é como comparar a transmissão de redes Wi-Fi na faixa de 2,4GHz com as de 5GHz (não confundir 5GHz, uma medida física, com o 5G da telefonia celular, que é o nome da geração da tecnologia). As ondas oscilando a 2,4GHz (isto é, quase dois bilhões e meio de oscilações por segundo) têm um sinal com “largura de banda” menor, ou seja, comportam menos informação do que as ondas trafegando nos 5GHz.
Por outro lado, se o Wi-Fi em 5GHz consegue enviar mais dados de uma vez, essa velocidade aumentada tem a contrapartida de um sinal mais sujeito a perda de intensidade ao colidir com obstáculos – um balanço cruel.
IOT E VESTÍVEIS
Com a implantação da tecnologia celular 5G, será possível conectar todo tipo de objeto à internet, desde os chamados dispositivos vestíveis, que podem captar informações do usuário e transmiti-las para serem processadas remotamente (por exemplo, médicos recebendo dados de glicemia e pressão do cliente em tempo real), até os veículos autônomos, que poderão usar a capacidade tecnológica do 5G para se comunicar com outros veículos à sua volta e, assim, evitar acidentes – por exemplo, no caso de o motorista dormir ao volante.
Também poderão ser conectados em rede os smartwatches, drones, edifícios inteligentes (com medições de parâmetros diversos, como estado dos equipamentos, nível de caixa d’água, estado dos geradores e das baterias etc.). Será possível, ainda, ter uma casa verdadeiramente inteligente, com sensores para detecção de vazamentos de água ou gás, consumo de energia, sistemas de segurança ou geladeiras que detectam falta de produtos e os encomendam ao supermercado de sua preferência…
Confira essa matéria completa na edição 217 da Áudio & Vídeo – Design e Tecnologia, acesse gratuitamente e descubra o que a tecnologia 6G poderá oferecer.