HOME THEATER: PRATA DA CASA

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Lindo e transbordante de personalidade, um home theater que celebra o encontro da eficácia com o bom gosto

Por Eduardo Torelli

Ao que parece, os bons ambientes de home theater – ou seja, aqueles criados por técnicos experientes e por decoradores – começam a decretar sua “independência” nos projetos residenciais. Lembre-se: houve tempo em que as parafernálias de áudio e vídeo eram restritas às anacrônicas “salas de TV”… Até transcenderem esse limite e se alojarem nos livings, inicialmente, como discretos “componentes” da mobília, foi um longo caminho…

O que se percebe, hoje, seja em ambientes dedicados ou em soluções integradas ao living, é que os tais “cinemas caseiros” (que, muitas vezes, prescindem de projetores e telas para ostentar esse título, tamanhos foram os avanços na área de áudio e vídeo nos últimos anos) são regiões da casa ou apartamento que merecem atenção total por parte dos projetistas. Ou seja: tornaram-se salas – ou “nichos” – com personalidade própria.

COMPOSIÇÃO HARMONIOSA

Veja, por exemplo, o sistema instalado neste belo apartamento, cujas acomodações esbanjam charme e beleza. Sem roubar toda a cena para si, o espaço tem uma individualidade cativante, não apenas em termos técnicos, mas estéticos. Não é para menos: trata-se de outra engenhosa combinação de funcionalidade com bom gosto.

O apartamento pertence a um entusiasta das muitas vertentes do audiovisual: seja música de qualidade, sejam os últimos lançamentos em filmes ou shows. O visual do projeto já diz tudo: aqui, o entretenimento é uma prioridade – logo, demandou uma estrutura capaz de promover conforto e reproduzir fielmente as minúcias de uma gravação sonora ou os detalhes estéticos de uma superprodução cinematográfica.

Segundo os experts da DAG Áudio – Vídeo e Automação, empresa contratada para idealizar e viabilizar o home theater, um dos “pulos do gato” que garantem a funcionalidade do sistema é, também, um de seus apêndices decorativos: o móvel central foi concebido de forma a permitir constantes atualizações que, nos próximos anos, deixarão este cantinho do apartamento “rigorosamente em dia” com a realidade tecnológica.

A peça, com design atraente e perfeitamente integrada à atmosfera “amadeirada” do home theater, é um dispositivo com muitos “ases” na manga: com precisão, comporta cada um dos equipamentos em nichos específicos e dá sustentação a peças decorativas que ajudam a compor a “cara” do ambiente. Aliás, felicíssima foi a opção pelo uso intensivo de madeira e texturas “sóbrias” em um espaço dessa natureza, que tende a se tornar “frio” pelo excesso de máquinas. É deliciosa a sensação de se refugiar em um local tão aconchegante após encarar o estresse da cidade e do trabalho. Principalmente, quando você define a programação de filmes e músicas que “bombam” em seu hit parade.

CONECTADO À ALTA DEFINIÇÃO

Nesse quesito, vale ressaltar que o proprietário não esperou para ingressar no universo da alta definição, destino irreversível das tecnologias de áudio e vídeo daqui para frente: a sala de home theater já se acha equipada com um Blu-ray player da aclamada linha “Aquos”, da Sharp. É verdade que a oferta de títulos no formato ainda é relativamente pequena, especialmente, no Brasil – sem dúvida, quem responde pela maior parte das reproduções, neste ambiente, é o player DV 505, da Pioneer, embora os tocadores de Blu-ray também possam ler esse tipo de mídia.

Mas a verdade é que não há razão para protelar muito este upgrade nos sistemas A/V, visto que os preços dos aparelhos caíram consideravelmente e – não tenha dúvida – é questão de tempo até a novidade se popularizar maciçamente. E, depois: o que adianta investir capital e tempo em um espaço como este e não desfrutar de todas as qualidades que o Blu-ray traz – incluindo a reprodução total de qualquer vertente de áudio surround e o próprio Dolby TrueHD, com 7.1 canais?

O projeto A/V, é claro, teve o cuidado de montar um “time” vencedor para gerenciar as exibições em alta definição: o “capitão” é um turbinado receiver Onkyo, modelo TX SR606, produto da segunda geração de equipamentos compatíveis com HD (high definition) dessa marca. Trata-se de uma máquina poderosa, apta a tornar qualquer programa um espetáculo: de filmes em Blu-ray a videogames, passando pelos conteúdos disponibilizados pelos canais pagos ou “abertos”.

Uma curiosidade sobre o projeto é que – segundo seus próprios idealizadores –, apesar da modernidade e de seus equipamentos de ponta, o quesito “custo x benefício” não foi esquecido. Ou seja: mesmo com tantos atributos interessantes (e som ambiente expandido para outros cômodos da casa, como o living e a varanda), este home theater exemplar não foi montado para ser uma peça de ostentação – e sim, para oferecer um entretenimento de qualidade sem “gastanças” desnecessárias. A lição que o projeto nos ensina é: pode-se ter o melhor e, mesmo assim, utilizar os recursos financeiros racionalmente, aplicando-os em soluções que, muitas vezes, valem muito mais do que “pesam”.

DIVERSÃO E CONFORTO

Em uso há aproximadamente um ano, o home theater foi instalado sem “traumas” no apartamento. A viabilização “física” do projeto consumiu apenas um mês e contou com uma vantagem importantíssima: os instaladores previram e se anteciparam às dificuldades logísticas do sistema porque este foi encomendado quando a propriedade ainda se achava na planta. Como é sabido, este precedente sempre é uma garantia contra custos adicionais ou soluções improvisadas, percalços que todo proprietário de imóveis gostaria de evitar.

Como qualquer interessado nas finalidades lúdicas da tecnologia, o cliente já pensa em fazer atualizações no projeto. Em princípio, não abdicará do uso exclusivo da TV – uma tela e um sistema de projeção não estavam em seus planos desde o início; mas a estimativa é que, em breve, o home theater ganhe a “força” de um Apple TV (um tipo de armazenador de mídia digital) que irá diversificar ainda mais sua programação. A automação, já presente no apartamento (atendendo à iluminação) também poderá ser estendida, tornando ainda mais confortável a rotina caseira do proprietário.

Todas essas medidas agregarão ainda mais valor a algo que já “nasceu” perfeito. E não por obra do destino, mas de um planejamento criterioso, uma administração coerente de recursos e por corresponder à era em que vivemos. O que, no ramo da tecnologia, é mais uma necessidade do que um capricho.

FICHA TÉCNICA

  • Receiver Onkyo TX-SR606
  • Caixas frontais Polkáudio RTI-A3 BK
  • Caixa central Polkaudio CSI-A4 BK
  • Caixas surround Polkaudio RC55i
  • Subwoofer Polkaudio PSW-404
  • Blu-ray Sharp BD-HP21U
  • Net HD
  • LD Pioneer CLD-D502
  • DVD Pioneer DV505
  • Condicionador de energia Savage CDR-1500

Living e varanda: receiver Pioneer VSX-D607S e caixas Polkaudio RC55i

  • Controle touchscreen Pronto Philips TSU-7500

Iluminação: Módulo Scenario SDM8 / Módulo Scenario Compact Wall

Projeto de Áudio e Vídeo
DAG – Audio – Vídeo e Automação
Site: www.dagbrasil.com.br
Fone: (11) 3044-4552