Estrelado por alguns dos maiores vilões da DC Comics, Esquadrão Suicida conta uma história diferente e reúne um elenco eclético

Texto: Redação

Foto: Divulgação

Não dá para negar que, apesar do status de celebridades que ostentam hoje em dia, os super-heróis, no cinema, costumam ser meros coadjuvantes dos vilões, normalmente interpretados por atores mais consagrados, além de presenteados com as melhores falas (“Por que tão sério?!”). Se é assim, por que não assumir de vez que eles são os personagens mais legais e lançar um filme em que os vilões sejam os grandes protagonistas, apesar de suas falhas de caráter e desvios de conduta?

Entra em cena Esquadrão Suicida, que leva esta premissa às últimas consequências. Com distribuição da mesma Warner Bros que nos deu os filmes de Batman e do Super-Homem, esta aventura sombria também é inspirada no universo da D.C. Comics, a editora responsável pelas HQs do Homem-Morcego e do Homem de Aço. A diferença é que, aqui, os mocinhos não contam, ficando o espetáculo por conta da “galera do mal”.

BILHETERIA X CRÍTICA

A recepção por parte da crítica não foi das melhores, mas não há nada que desabone o filme no que se refere à bilheteria. O público aprovou o longa-metragem escrito e dirigido por David Ayer e que reuniu um elenco, no mínimo, “eclético”: compõem o cast nomes tão diversos quanto os de Jared Leto, Margot Robbie, Will Smith, Viola Davis, Cara Delevingne, Jai Courtney, Adewale Akinnuoye-Agbaje e Karen Fukuhara. Margot (no papel de Arlequina, ninguém menos que a namorada do Coringa) foi a que mais se beneficiou com Esquadrão Suicida, tendo sua performance reconhecida até por quem torceu o nariz para o longa.

O Coringa (Jared Leto) também dá o ar da graça na produção, mas é quase eclipsado por outros personagens que, mesmo desconhecidos do público que não lê histórias em quadrinhos, acabam se destacando mais que o “palhaço do crime” ao longo da história (até por serem vividos por atores mais carismáticos e experientes, como Will e Viola). De qualquer forma, para quem procura apenas uma diversão descompromissada e alguns daqueles absurdos que tornam os filmes de super-heróis deliciosas “sessões da tarde” para espectadores de todas as idades, Esquadrão Suicida pode ser uma boa pedida.

VILÕES SOB CONTRATO

Na trama, os supervilões da DC trabalham para uma misteriosa agência governamental que os recruta para conter perigosas ameaças ao Mundo Livre. A barganha permite aos bandidos negociar penas mais brandas, além de uma e outra regalia. Não há dúvida de que é uma boa ideia – e, com a adição de muitos efeitos especiais e cenas de ação arquitetadas para tirar o fôlego do público, a satisfação é praticamente garantida. Desde que – claro – faça-se vista grossa às incoerências e exageros que surgem aqui e ali e que se consuma o filme como aquilo que pretende ser: um passatempo extravagante para ser curtido com “refri” e pipoca – e nada mais.

Agora disponível em Blu-ray no Brasil, pela Warner, Esquadrão Suicida ganha 11 minutos a mais, além de um “pacotão” de extras sob medida para os fãs de quadrinhos. As apresentações especiais contam como foi elaborado o filme (do roteiro à realização propriamente dita) e ainda trazem muitas informações bacanas sobre os personagens (incluindo suas habilidades, características e históricos conturbados). A diversão é garantida. Atenção apenas ao nível de violência da história, que talvez seja um pouquinho elevado para crianças pequenas.

Confira o trailer: