Conjunto arquitetônico foi projetado por Oscar Niemeyer na década de 1940
Texto: Redação
Imagens: Divulgação
O Conjunto Moderno da Pampulha, em Belo Horizonte (MG), foi reconhecido como Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco. O anúncio aconteceu no último domingo (17), em Istambul, na Turquia, pelo conselho da Organização das Nações Unidas (Unesco), que é composto por membros de 21 países.
Projetado por Oscar Niemeyer na década de 1940, o conjunto arquitetônico é formado pela Igreja São Francisco de Assis, o Museu de Arte da Pampulha, a Casa do Baile e o Iate Tênis Clube e as praças Dino Barbieri e Alberto Dalva Simão, além do Espelho D´Água e a Orla da Lagoa.
Segundo o arquiteto Marcelo Palhares, que também é diretor do escritório Horizontes Arquitetura e Urbanismo, a Unesco levou em conta a grande relevância histórica do conjunto moderno projetado por Niemeyer. “A Pampulha, na época em que foi construída, foi considerada uma revolução na arquitetura e seus projetos e fotos foram publicados em livros e revistas do mundo inteiro”, conta.
Palhares ainda afirma que as linhas modernas do conjunto da Pampulha continuam atuais e seguem uma referência de ousadia, mesmo passados 70 anos desde sua concepção. Dessa forma, além da importância histórica das edificações, o estado de conservação e planos de manutenção foram pontos importantes para a validação deste título para o patrimônio, que cumpria todos esses requisitos.
Apesar dos edifícios do conjunto ainda não estarem completamente restaurados, a Prefeitura apresentou à Unesco todos os planos de recuperação, que incluem os projetos de restauração dos edifícios e limpeza da lagoa. Portanto, a partir de agora, o município terá obrigação de investir na manutenção do patrimônio, já que a Unesco fará uma verificação periódica para avaliar se o Conjunto da Pampulha está sendo corretamente preservado.