Tapetes dão um charme especial a sua casa

Tomados os devidos cuidados com sua preservação, tapetes dão um charme especial a todos os cantos da residência

Disponíveis nos mais variados tamanhos, formatos e cores, os tapetes são itens que nunca saem de moda. Desde que tomemos os devidos cuidados com sua preservação, eles são bem-vindos em todos os cômodos, onde cumprem um papel decorativo e funcional, já que contribuem para a delimitação de espaços em projetos que apostam no conceito de integração.

“Trata-se de um elemento que nos ajuda a conectar os móveis do ambiente”, explica a arquiteta Júlia Guadix, à frente do escritório Liv’n Arquitetura. “À primeira vista, uma sala pode passar uma impressão de que os componentes estão sem conexão, mas só de adicionar o tapete, já conseguimos criar a ligação entre eles”.

Não bastassem as vantagens anteriormente listadas, os tapetes ainda trazem conforto térmico aos espaços. Como destaca Júlia, é muito distinta a percepção que temos quando pisamos em um tapete e sentimos uma temperatura gostosa. “O morador preza pelo conforto do tato, a proteção e o visual que o tapete empresta aos ambientes”, opina a arquiteta.

Com que tapete eu vou?

Na hora de escolher os tapetes para cada cômodo de sua casa, lembre-se de avaliar se a peça faz sentido nas propostas dos ambientes. Por aparecer bastante e ser uma superfície grande, o tapete precisa estar bem inserido na decoração, de forma que não destoe dos móveis, objetos e demais acessórios presentes.

Pensar na praticidade e manutenção também são pontos que precisam ser levados em consideração, já que em cada ambiente o tapete é utilizado de forma distinta.

A decoração idealizada para uma sala de estar pode comportar vários tipos de tapetes, incluindo os estampados, coloridos e felpudos. Mas, antes de decidir, é necessário atentar-se à rotina da casa e a área a ser coberta, para que o tapete harmonize com o décor e facilite a manutenção diária.

Coordenar as cores do tapete com cortinas, quadros e almofadas é um bom caminho para não errar. No que diz respeito ao tamanho da peça, aposte em um modelo capaz de cobrir o espaço que compreende a TV e o sofá (entrando embaixo do sofá).

Já na sala de jantar, deve-se evitar os tapetes felpudos, já que a probabilidade de cair alimentos é grande e o material dificulta a limpeza. Assim, opte por versões mais baixas e lisas. Nos dormitórios, por sua vez, os tapetes aveludados ou felpudos são bem-vindos, uma vez que corroboram para a sensação de comodidade que o ambiente almeja transmitir. Eles ficam muito bem posicionados ao lado da cama.

Para a cozinha, um espaço com grande fluxo de moradores, a arquiteta Júlia indica modelos resistentes, leves e fáceis de limpar. No estilo passadeira, a fibra sintética é muito acertada, pois não absorve água, não cria umidade e não forma bolor. No banheiro, a dica é apostar em tapetes antiderrapantes, para evitar acidentes eventuais.

Por fim, para a área externa, Júlia recomenda modelos mais resistentes, devido à incidência constante de luz e sol. Boas opções são o sisal sintético e o vinil.

O tamanho certo

É fundamental que as dimensões da peça compreendam a parte debaixo dos móveis, atingindo, assim, quase que completamente a área total do ambiente (ou, ao menos, ultrapassando 20cm de mobiliários como sofás, poltronas e mesinhas laterais).  

“Quando um tapete fica estabelecido no centro da sala de estar, por exemplo, além do cômodo parecer pequeno, os moradores podem tropeçar com frequência ao circularem nesta área” prossegue a arquiteta. Já no que diz respeito à mesa de jantar, o tapete não deve sair do lugar quando as cadeiras forem movidas. A arquiteta considera uma medida de 70cm (entre a beirada do tampo da mesa e o fim do tapete) para que morador e convidado possam puxar a cadeira sem movimentar o tapete.

Nos quartos, o tapete pode envolver a cama, a cabeceira e a mesa lateral, embora a ideia principal seja a de que a peça fique disposta ao lado da cama. Se você tem bichinhos de estimação em casa, a dica são os tapetes de polipropileno, suede, sarja e lona, por serem mais higiênicos e duráveis.

Na manutenção diária, Júlia orienta a utilização de aspirador de pó e a retirada para lavanderia uma vez ao ano (ou sempre que o tapete estiver muito sujo). Aliás, se algo de consistência sólida cair em cima da peça, retire-a com cuidado, visto que substâncias pegajosas podem grudar na superfície da peça.

Se derramar líquido sobre ela, pressione a área atingida com folhas de papel toalha e utilize o material até perceber a absorção completa. Para evitar o surgimento de manchas, utilize sabão líquido neutro com uma esponja macia ou um paninho. “Mas é preciso realizar movimentos delicados, já que a força pode desconfigurar a fibra do tapete” alerta Júlia.

A arquiteta ainda faz uma sugestão a ser seguida ainda no momento da compra. “Sempre se informe com o vendedor ou o fabricante qual a melhor forma de limpeza, pois existem muitas variações e nem todos os materiais podem ter contato com a água ou umidade”, aconselha. Em último caso, o melhor caminho é contratar lavanderias com profissionais especializados na retirada de manchas.

Sobreposição

Em projetos que apostam na integração de ambientes, a sobreposição de tapetes é uma tendência em alta. Este macete pode ser muito funcional no caso de uma planta em “L”, deixando os cômodos mais descontraídos.

“Esta também é uma maneira de economizar, já que os tapetes menores são mais baratos e, quanto maior o tapete, o custo pode subir exponencialmente”, conclui a arquiteta. “Quando o morador já tem uma peça, é só partir em busca de outra para complementar”.