Cortinas e persianas também desempenham um papel prático nos ambientes.

Presentes nos mais diversos projetos de decoração, cortinas e persianas também desempenham um papel funcional nos ambientes

Estrelas dos projetos de decoração há várias décadas, as cortinas e persianas também desempenham um papel prático nos ambientes, além de torna-los mais aconchegantes e especiais. Ajudando a proteger o mobiliário dos efeitos da luz solar, tais peças ainda garantem a almejada privacidade aos moradores de uma casa ou apartamento.

Enfim: no contexto dos projetos de decoração, cortinas e persianas são mais do que simples adereços. Os acessórios assumem a dupla função de proteger e decorar (um ambiente sempre parece vazio quando uma parede ou esquadria não recebe o seu devido complemento).  

DÚVIDAS

As arquitetas Monike Lafuente e Claudia Yamada, à frente do Studio Tan-gram, destacam a relevância dos dois produtos em projetos de interiores, mas reconhecem que a escolha dos modelos passa por muitas perguntas dos moradores. “É bastante frequente a dúvida sobre a diferença entre cada uma delas e qual se adequa à proposta do décor”, revelam as especialistas.

Uma dúvida comum dos consumidores se refere à estrutura e ao funcionamento dos produtos. “Em linhas gerais, explicamos que a cortina desliza para os lados, enquanto a persiana se aplica como um material mais encorpado, além de enrolar para cima, como na versão rolô”, prosseguem as arquitetas. “O sentido da abertura é o ponto que mais as diferem”.

Ainda sobre as propostas mais clássicas, a dupla do Studio Tan-gram é comumente indagada sobre aquela que melhor performa na proteção à claridade. Porém, tanto uma quanto outra dispõem de características satisfatórias no que diz respeito ao controle da incidência solar e vedação. 

MANUTENÇÃO

A praticidade dos materiais sintéticos na composição das cortinas e persianas garante uma maior facilidade na hora da limpeza, realizada com um pano úmido e detergente neutro. Em alguns casos, dependendo da incidência de poeira e poluição no imóvel, a limpeza das persianas, por exemplo, pode ser feita de acordo com a necessidade, não devendo passar de seis meses entre uma lavagem e outra, quando a intenção é obter uma higienização mais profunda. Em tecidos naturais, é sempre importante contar com lavanderias especializadas para evitar os dissabores de uma peça danificada.

Tanto as cortinas quanto as persianas exigem um cuidado especial para garantir a saúde dos bebês e das crianças. “Para quartos de criança, em que a cortina pode sujar mais rápido, sugerimos usar uma peça de poliéster ou outro tecido sintético e antialérgico”, reforçam as profissionais do Studio Tan-gram.

Os materiais sintéticos, tanto para cortinas quanto para persianas, são escolhas interessantes, principalmente nos dormitórios dos pequenos, uma vez que os desgastes são mais comuns devido às brincadeiras. Outro ponto levantado pelas arquitetas envolve a preocupação com materiais antialérgicos.

INSTALAÇÃO

Para uma instalação eficiente, Claudia Yamada ressalta um mix de orientações que devem ser seguidas à risca. Ela enumera, por exemplo, a relevância de tirar as medidas depois da execução da marcenaria e o ambiente como um todo para que nenhum detalhe seja deixado para trás.

Certamente, temos as dimensões que retiramos do projeto, mas durante a execução, o alinhamento de uma parede ou um recorte da marcenaria são capazes de interferir na cobertura pretendida para a cortina ou persiana”, exemplifica a arquiteta.

Nessa personalização, a folga mínima de 10 cm nas laterais e embaixo da janela – quando a cobertura não acontece até o piso –, é valiosa para que haja uma área de ‘respiro’. Não abrimos mão de avaliar caso a caso”, reitera Monike.

Quando o assunto é combinar as peças com o décor de interiores, a base neutra é uma saída eficaz, principalmente quando o cômodo evidenciará pontos de cor presentes tanto em elementos maiores como sofás, ou acessórios menores como almofadas.

ISENÇÃO

“Normalmente, gostamos de escolher uma proposta mais neutra para as cortinas e persianas”, acrescentam as especialistas. “Essa espécie de isenção é interessante também quando consideramos sua presença a longo prazo, pois se o morador quiser mudar algum detalhe no décor, elas podem ser mantidas com total tranquilidade”. Entretanto, essa presença mais conservadora não é regra: o colorido pode entrar em cena, desde que bem coordenado com o restante do décor.

Para os terraços e varandas, as profissionais recomendam peças com uma trama padrão que não vede 100%, sendo possível enxergar através dela e passar um pouco de luz, porém mantendo a proteção contra os raios solares.