A edição 2016 da Casa Cor Rio aconteceu entre 11 de outubro e 20 de novembro, foi uma festa para os sentidos

Texto: Redação

Fotos: Divulgação

Em 2016, a Casa Cor Rio voltou a ter como palco uma residência (após ocupar locais bem diferentes, como as tribunas do Jockey Club da Gávea e o edifício do antigo Hotel Sete de Setembro): trata-se da “Casa Rosa”, nome atribuído a uma construção de 1938 que pertence à família Rocha Miranda. A mostra, realizada entre 11 de outubro e 20 de novembro, apresentou 45 ambientes internos e externos concebidos por 67 profissionais cariocas. E o que é melhor: as soluções de decoração aproveitaram até um enorme jardim (assinado por Burle Marx) e recantos bucólicos, como um lago e uma fonte.

Originalmente, o casarão pertenceu à família de Álvaro Soares Sampaio. O imóvel foi adquirido pelo empresário Celso da Rocha Miranda, em 1977, e coube ao arquiteto Alcides Rocha Miranda (irmão de Celso) realizar uma reforma na casa, para que esta atendesse às expectativas dos novos proprietários. “Eles queriam poucos quartos e muitas salas e espaços de convivência”, recorda a neta, Anna Izabel da Rocha Miranda Guinle. “Justamente para haver muito espaço para receber amigos e reunir a família. Pelo menos quatro vezes por ano estávamos todos juntos lá.”

Com a 26ª edição da Casa Cor, o charmoso casarão relembrou seus dias de festa, além de legitimar a proposta do evento: brindar o público com um panorama abrangente e eclético das últimas tendências em arquitetura, design e paisagismo.

ACONCHEGO E SOFISTICAÇÃO

Paola Ribeiro assinou o Living, imprimindo ao espaço o seu estilo marcante: uma sintonia afinada entre o clássico e o contemporâneo, o aconchego e a sofisticação. “O ambiente permitia o exercício da decoração propriamente dita e possibilitou uma integração de referências clássicas com um olhar atual”, diz a arquiteta. Dessa forma, peças do antiquário Arnaldo Danemberg foram combinadas a móveis de Jader Almeida e Pedro Useche. Obras de arte de Jaume Plensa, Cildo Meireles, Cabelo, Alexandre Rato e Oscar Niemeyer, entre outros, deram um toque final de estilo e personalidade ao projeto.

BOA LEITURA!

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A inspiração para o Escritório e Sala de Leitura veio da extinta companhia de aviação Panair (que tinha como principal acionista Celso da Rocha Miranda, dono do casarão).  A proposta foi apresentar um ambiente para leitores inveterados e, ao mesmo tempo, render uma homenagem à empresa: em primeira mão, foram expostos objetos, suvenires, maquetes, fotos e documentos da Panair. A mesa Fuselagem, assinada por Mário Santos, foi inspirada nas asas de um avião. O mobiliário de design era um destaque do layout, com seus tons amadeirados, cinza e cobre polido e luz indireta abaixo dos olhos.