Tema que preocupa os deputados do Reino Unido, os benefícios e malefícios da tecnologia devem sempre ser levados em consideração
Por José Assunção Rodrigues Junior Fotos Shutterstock.com
Atualmente, trabalho em um projeto de alto padrão no qual a residência possui inúmeros sistemas que devem ser utilizados de forma integrada, promovendo uma verdadeira sinergia. O objetivo é promover conforto e, principalmente, segurança e funcionalidade. Chegou a hora de escolher qual é o melhor sistema de automação (ou integração) e o perfil ideal do integrador para atender às necessidades do projeto.
A residência apresenta sistemas que possuem fonte principal e alternativa de funcionamento, exigindo o gerenciamento e a atuação programada, dependendo da necessidade do momento, sem que o usuário perceba, tornando imperceptíveis as ações programadas. Energia da concessionária, fotovoltaica ou baterias, aquecedor solar com alimentação alternativa para gás natural, monitoramento do sistema hidráulico (concessionária e água de reuso), segurança eletrônica, bombas, elevador, ar-condicionado, entretenimento etc.
CUSTOS E MANUTENÇÃO
As instalações lembram mais as de um edifício do que as de uma residência convencional. Por este motivo, é necessário um corpo de engenharia dedicado somente ao projeto de integração dos sistemas e a implantação do mais adequado para suprir as necessidades do projeto.
Com isso, também surge a preocupação com os custos e com a manutenção – todo e qualquer sistema elétrico/eletrônico tem manutenção – e, principalmente, a segurança dos dados e a vulnerabilidade do sistema.
Recentemente, em um artigo publicado pelo jornal The Guardian, deputados do Reino Unido recorreram ao governo para combater o “abuso tecnológico”, alertando para o uso de dispositivos e, principalmente, os sistemas de segurança sendo utilizados para coagir e controlar vítimas de violência doméstica.
RELATÓRIO
Como consequência, foi lançado um relatório para considerar os benefícios e malefícios da tecnologia conectada, incluindo assistentes virtuais e rastreadores de fitness. Neste relatório estão incluídas, também, ações para proteger a privacidade e o direito das crianças e adolescentes conectados.
A princípio, a maioria dos usuários não se preocupa com a segurança quando utiliza a internet, mesmo quando conecta seus dispositivos de automação e segurança eletrônica no Wi-Fi ou através do smartphone. Já mencionei em artigos anteriores casos de uso remoto de dispositivos residenciais, que eram utilizados para controlar, “brincar” ou assustar outros usuários que estavam no local.
Tema de preocupação apresentado pelos deputados do Reino Unido, os benefícios e os malefícios sempre devem ser levados em consideração quando da escolha de novas tecnologias que irão conviver conosco em nossas casas, ou mesmo, fora delas. Fiquem atentos!
Essa e outras matérias interessantes estão na edição 216 da Áudio & Vídeo – Design e Tecnologia. Acesse gratuitamente e boa leitura!