A expressão Hygge vem do dinamarquês e não possui tradução literal. Entretanto as sensações associadas a ela estão cada vez mais presentes na decoração, mesmo em um lugar tão diferente como o Brasil

Assim como a palavra “saudade”, a expressão dinamarquesa “Hygge” não possui tradução exata. Entretanto a ideia é muito fácil de entender. Imagine as seguintes situações: Sentar-se em um pufe confortável, usando meias muito quentinhas e bebendo um cappuccino. Assistir a um filme perto de uma lareira comendo um bolo que acabou de sair do forno. Sentar-se próximo à janela em um fim de tarde com uma caneca de chá fumegante para ver a chuva que cai lá fora. Se ao pensar nisso você se sentiu confortável ou uma sensação de aconchego, a ideia principal do Hygge já está com você.

Atualmente, esse estado de espirito está sendo refletido nas tendências de decoração. O propósito é incluir materiais que remetam ao bem-estar e conforto. Apesar de parecer estranho ter um estilo dinamarquês em casa, visto que culturalmente Brasil e Dinamarca diferem em muitos aspectos.

Entretanto o Hygge não tem regras. Itens muito brasileiros, como rede, colcha de retalho, almofada de fuxicos, toalha de mesa de renda e água de coco são ótimos para compor uma versão brasileira do lifestyle que faz dos dinamarqueses os líderes mundiais no ranking da ONU de felicidade. “Depende do que cada um associa a aconchego. Pode ser um tapete quentinho ou uma rede na varanda”, exemplifica Helena Capaz, arquiteta e gerente comercial da Interprint Brasil.

Hygge na decoração

E quando o assunto é padrões decorativos, a aposta de Helena fica com os madeirados, que são mais quentes. Alguns padrões como o Paldao e Kronberg, são ótimos exemplos de como inserir o aconchego a ambientes. Os padrões que remetem à madeira, além de trazer um toque de naturalidade, também conferem uma sensação de refúgio que é primordial ao Hygge.

“Acho que quando se fala em aconchego, a associação imediata é com o frio, mas claro que também tem relação com verão e calor: caminhada na praia, rede, uma jarra com suco de fruta e pés descalços também trazem muito desta ideia”, conclui Helena.