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Arquiteta Giovanna Gogosz usou a neurociencia para desenvolver um cabideiro que ativa sentidos humanos e mostrar que objetos podem ser usados de formas infinitas

Um objeto decorativo nem sempre precisa ter uma única função e pode ser utilizado de formas inusitadas; a arquiteta e influenciadora digital Giovanna Gogosz desenvolveu o projeto de um cabideiro que ativa os sentidos humanos e venceu o prêmio Club&Casa

Um cabideiro é um objeto muito procurado que pode ser encaixado em ambientes variados como quarto, sala ou closet. Atualmente, existem diversos tipos no mercado e é uma peça geralmente usada para organizar objetos, com o intuito de otimizar espaços. Porém, mesmo que muitos achem que o suporte pode estragar uma decoração – justamente por sempre ser usado como apoio para roupas, cintos e gravatas – a peça pode ser composta por diversos materiais e, dependendo de como for usada, valoriza o ambiente.

A arquiteta e influenciadora digital Giovanna Gogosz explica que a função do cabideiro pode ir além da utilidade e aparência, por mais que possa parecer que não, o suporte pode ser usado para suprir outras necessidades. “Com criatividade, podemos sair da mesmice e trazer várias funções a um objeto, como um baú, por exemplo, e transformá-lo em multi funções. Isso, hoje em dia, é muito aceito, ainda mais porque as pessoas estão migrando para apartamentos compactos, em busca de conforto e simplicidade”, complementa.

A especialista foi responsável pelo desenvolvimento do Cabideiro Cábio que, além de pendurar roupas e acessórios, foi criado para acolher o ambiente de forma humanista, ampliando sua funcionalidade com cinco cabides de bambu e uma fonte integrada, tudo apoiado em um mini deck de madeira. “A ideia foi criar um objeto usado por muitas pessoas e trazer outras funcionalidades para ele, unindo sustentabilidade. Pensei nos elementos da natureza como água, bambu, madeira e vegetação”, complementa.

O cabideiro da Giovanna foi o vencedor do concurso Club&Casa exposto na Bienal de São Paulo. “Eu e minha equipe achávamos que não iríamos conseguir finalizar o projeto. Já estávamos participando da votação e achamos que não daria tempo para a entrega. Foi então que pedi ajuda para os meus seguidores no Instagram, que nos indicaram um lugar que vendiam os dois vasos prontos, com a mesma medida, montamos lá na hora”, salienta.

Ela ainda conta que como está se especializando em neuroarquitetura, tentou trazer elementos que pudessem acender os sentidos humanos como cheiro e som, conectado ao ambiente. Confira abaixo as vantagens de um cabideiro funcional:

Fonte para relaxamento

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Fonte também é um objeto muito utilizado na decoração dos ambientes. Elas podem ser encontradas na sala, recepção e até em lavabos. Além de unir os dois objetos em um para um ambiente, Giovanna explica que a fonte integrada e o som da água, proporcionam um estímulo de bons fluídos biológicos para quem estiver no ambiente.

“Isso é neuroarquitetura o som da água da fonte que deve estar ligada na tomada, é uma ótima opção para quem tem uma clínica, por exemplo, que contará com o barulho relaxante da água, que ajuda na saúde mental no momento em que gera dopamina – hormônio do prazer. O usuário ainda terá um lugar para colocar os seus pertences durante o procedimento que for realizar”, explica.

Jardineira

Muitas pessoas preferem não investir em um cabideiro por achar feio e por não combinar com o estilo do local. Por outro lado, cada dia mais as pessoas optam por inserir toques de natureza nos ambientes. “Seguindo o estilo de sustentabilidade do Cábio e para deixar o cabideiro mais bonito, incluímos a planta, proporcionando tranquilidade, além da possibilidade de cultivar”, finaliza Giovanna Gogosz.

Aroma ao ambiente

Por ter uma fonte integrada, a arquiteta conta que o usuário terá a opção de escolher um aroma/óleo de sua preferência para ativar o sentido do olfato. “A ideia é proporcionar elementos da natureza não só em forma decorativo/visual, incluindo os sentidos também” finaliza.