Parceria entre as empresas visa apresentar um ambiente corporativo mais coerente com a realidade pós-pandemia
O mundo, como um todo, precisou se adaptar às mudanças impostas pela pandemia. E isso inclui o setor de arquitetura, que passou a buscar novas formas de idealizar espaços com base na nova realidade. A necessidade de distanciamento social fez com que casas se transformassem em escritórios e reinventou a dinâmica das reuniões.
Em parceria com a Netglobe (empresa especialista em conexão de alta performance), a AKMX Arquitetura busca apresentar um novo conceito de escritório, mais adequado ao mundo pós-pandemia. Juntas, as duas empresas vão estruturar propostas de reforma e construção para ambientes corporativos.
“Mudanças drásticas”
“O advento de novas tecnologias causou mudanças drásticas nas relações de trabalho e no perfil dos profissionais, mas a realidade é que muitos espaços ainda não estão preparados para extrair na totalidade o potencial desse novo contexto”, afirma Edson Sá, CEO da AKMX.
A estrutura de escritórios está diretamente vinculada a uma busca constante por eficiência nos processos. Até a primeira metade do século 20, prevalecia um modelo com pé direito alto e chefia alocada em andares superiores, com visibilidade para o restante da equipe.
Esse formato foi substituído pelas baias e cubículos, que foram ganhando recursos para que as pessoas pudessem permanecer mais tempo (academia e restaurante, por exemplo). Nos anos 2000, o surgimento dos coworkings e a popularização dos computadores pessoais contribuíram para sedimentar outra mudança, com ênfase em espaços horizontais e menos hierarquizados.
No entanto, parte desse modelo foi colocada em xeque com a pandemia. Empresas devolveram andares inteiros e reduziram o tamanho de seus escritórios, criando espaços corporativos com uma integração maior com a tecnologia para organização de times híbridos. Com uma necessidade maior de espaços táticos, como seguir com uma lógica baseada em grandes salas de reunião e salas de board?
“Os escritórios se transformaram no novo ponto de encontro para os colaboradores, e isso mudou as necessidades práticas”, diz Renato Batista, fundador e CEO da Netglobe. “Equipamentos tradicionais de vídeo têm sido substituídos por softwares que os times podem usar em casa.”