Com a vida em ritmo acelerado, o tempo disponível para assistir TV convencional se torna cada vez mais escasso

Texto: Fabio Tucci

Quando observo minha filha “pré-teen” com o smartphone em uma mão, conversando com as amigas nas redes sociais, e com o iPad na outra, assistindo às suas séries preferidas (repletas de vampiros e lobisomens e disponibilizadas no Netflix), noto que a TV por satélite e o Blu-ray player estão desligados… E constato que os hábitos estão sempre mudando!

Ted Sarandos, chefe de conteúdo do Netflix nos EUA, afirmou, recentemente, em um summit sobre tecnologia realizado em São Francisco (California) em outubro, que continuaremos a assistir TV – porém, por meio de aplicativos, como já o fazem milhões de pessoas pelo mundo afora que já utilizam os serviços de streaming. Sarandos afirmou, ainda, que, em dez anos, o conteúdo deixará de ser linear, com as faixas de horário com que é apresentado atualmente. Acompanharemos os conteúdos escolhidos clicando em aplicativos, como fazemos nas Smart TVs, por exemplo.

Pessoalmente gosto muito de assistir TV (utilizo sistema DTH, Direct to Home) e admito que vejo 90% dos meus programas favoritos por meio do DVR. Assim, acompanho-os quando tenho um mínimo de tempo gerenciando o menu de gravações ao meu modo. Também assisto a conteúdos via Netflix, Apple TV, esportes e noticiários ao vivo, por exemplo.

Nos projetos de áudio, vídeo e automação que desenvolvo por meio da minha empresa, já observo clientes comentando o chamado “cut the cord’’ (“cortar o cordão’’), tópico que abordei recentemente nesta coluna. Isto se refere àquela leva de consumidores que, cansados da TV à cabo, cancelaram suas assinaturas para utilizar apenas serviços de streaming, procurando investir mais em uma rede Wi-Fi bem dimensionada e em uma ótima banda larga.

Alguns dos meus clientes solicitam um ícone exclusivo para acessar o Netflix na tela dos sistemas de automação via tablet ou smartphone que programo, permitindo acesso direto ao conteúdo, sem contar com a comodidade e o conforto que um ambiente automatizado proporciona ao usuário.

Resumindo: com a vida em ritmo acelerado que levamos, o tempo disponível para assistir TV convencional (com sua grade de programação linear e “engessada”) é cada vez mais escasso. E, com a proliferação dos tablets e smartphones como segunda tela, não sabemos mais “quando” e “onde” começamos ou terminamos de assistir TV. Estamos saindo de casa com a TV? Ou ela está saindo de nossas casas?

Levando-se em conta a rápida evolução das Smart TVs e a oferta crescente de filmes e séries em 4K no Netflix, YouTube e Globosat Play 4K, entre outros (e em sistemas de armazenamento de mídias como o Kaleidescape), as mudanças de hábito dos consumidores acontecerão rápida e intuitivamente. Uma coisa é certa: todo o seu sistema A/V precisa estar conectado à rede e ter alta capacidade de processamento de vídeo para reproduzir, com máxima qualidade, todo o conteúdo 4K acessado. Atualizar o sistema para receber as novas tecnologias, portanto, é imprescindível!

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