Agora disponível no Netflix, The Office faz o público rir com personagens tão estapafúrdios quanto irresistíveis
Por Eduardo Torelli Fotos Divulgação
Um marco da TV norte-americana, The Office é uma das melhores séries de comédia de todos os tempos. A atração durou nove temporadas e consolidou o astro Steve Carell como um dos grandes nomes do humor estadunidense. Com fãs em todo o planeta, a antológica produção, agora, é apresentada a uma nova geração de espectadores, já que passou a integrar o acervo de títulos do Netflix.
Em formato de pseudodocumentário, a trama se passa em um escritório e seus protagonistas são os vendedores, contadores e demais empregados da fictícia empresa de papéis Dunder Mifflin. Carell interpreta o pândego chefe da companhia – um cara com as melhores intenções, mas que sempre coloca seus subalternos nas maiores “saias-justas” por ser um indivíduo completamente sem-noção. Ele está o tempo todo tentando manter o moral dos funcionários em alta, mas sempre apresenta mais problemas do que soluções à sua equipe.
VERSÃO AMERICANA
Uma curiosidade sobre a série é que o programa é uma versão americana de uma produção de mesmo nome realizada para a TV inglesa. Porém, enquanto a série original teve apenas 12 episódios, sua equivalente americana se manteve por nove anos em cartaz. Levada ao ar pela primeira vez em julho de 2001, a The Office da televisão britânica foi criada e dirigida pelo humorista Ricky Gervais.
Além de realizar algumas mudanças no conceito da trama, os norte-americanos adicionaram uma boa dose de humor politicamente incorreto aos episódios, que dão um sabor deliciosamente anárquico aos enredos. Por ter permanecido mais tempo em cartaz, a versão estadunidense também permitiu que o público conhecesse melhor os protagonistas e acabasse se apegando a cada um deles, como se os personagens fossem seus velhos conhecidos.
O time liderado pelo hilariante Michael Scott (Carell) inclui tipos impagáveis, como Dwight Schrute (Rainn Wilson), um cara autoritário e meio maluco que protege o chefe como um cão de guarda, além do irônico Jim Halpert (John Krasinski), que namora a recepcionista Pam ((Jenna Fischer). Já na equipe da contabilidade da Dunder Mifflin, os personagens mais divertidos são a rígida Angela Martin (Angela Kinsey) – a típica “estraga-prazeres” do escritório –, o esquisitão Kevin Malone (Brian Baumgartner) e Oscar Martinez, que é mexicano e gay e detesta as piadas de duplo sentido do patrão.
PAPEL DISPUTADO
O enorme sucesso da versão americana não chega a surpreender, se levarmos em conta que a adaptação do conceito para o público norte-americano ficou a cargo do produtor Greg Daniels, roteirista de programas como Saturday Night Live e Os Simpsons. Ricky Gervais e Stephen Merchant (cocriador da série original), são creditados como produtores, além de terem coescrito o episódio piloto e escrito o episódio The Convict.
Também vale destacar que Steve Carell disputou o papel principal de The Office com atores consagrados e muito conhecidos do público estadunidense. Um dos nomes cotados para viver o atrapalhado personagem foi Paul Giamatti. O veterano da comédia Martin Short também foi considerado para estrelar o seriado. Mas, eventualmente, foi Carell (do famoso programa The Daily Show with Jon Stewart, do Comedy Central) quem assumiu o papel. Para não se deixar influenciar pelo que já fora feito na versão inglesa, Carell só assistiu a metade de um dos episódios da série original antes de participar das audições para o papel.
The Office também foi muito bom para as carreiras de John Krasinski e Jenna Fischer, que eram atores iniciantes quando a série começou a ser produzida. Krasinski foi indicado para o papel de Jim por B. J. Novak (que, na atração, interpreta o ambicioso Ryan Howard, outro personagem regular da série). Fischer, por sua vez, adotou o visual mais “careta” possível em seu teste para interpretar Pam, conquistando a aprovação dos produtores e conquistando o papel.
CONFUSÕES
Quem gostar de The Office também deve procurar assistir a outra série que lembra muito este grande sucesso estrelado por Steve Carell. Com uma narrativa muito parecida e personagens igualmente estapafúrdios, a ótima Parks and Recreation lembra tanto The Office que parece um spin-of desta série. A diferença é que a trama se passa no Departamento de Parques e Recreação de Indiana, onde os funcionários vivem se metendo em confusões enquanto tentam cumprir seus deveres para com a comunidade.
A semelhança, é claro, não é acidental. Parks and Recreation foi idealizada por Greg Daniels e Michael Shur, que também trabalharam em The Office. Se você anda mal-humorado e em busca de atrações que elevem seu moral, a dica é fazer uma maratona das duas séries. Os risos estão garantidos!
