A melhor forma de implementar uma casa inteligente é nos fazermos as perguntas certas
Por José Assunção Rodrigues Junior Fotos Shutterstock.com
Confirmando expectativas, o mercado da automação residencial segue crescendo e se popularizando, mas ainda tem um enorme mercado para atingir. Em um momento em que inúmeros dispositivos e sistemas estão disponíveis no mercado e as pessoas descobrem as facilidades e a importância que a automação pode oferecer ao nosso cotidiano, às diversas disciplinas relacionadas à construção civil, arquitetura, engenharias e design de interiores, mesmo a empresas de instalações não se deram conta deste mercado que está se tornando cada vez mais efetivo.
Estamos projetando e construindo para uma realidade de décadas atrás, na qual o número de equipamentos e sistemas era mínimo e a tecnologia ainda engatinhava. Não aprendemos com o tempo! É muito simples encontrar uma solução para atender ás necessidades de um usuário, porém, muitas vezes, ela não pode ser implantada por falta de infraestrutura adequada, ou mesmo um simples fio neutro na caixa do interruptor ou uma caixa de dupla profundidade para instalar um pequeno relê ou dimmer. Sem contar os conduítes mal dimensionados e lotados de cabos e os roteadores com Wi-Fi tão fracos que não alcançam nada além do próprio ambiente onde estão instalados.
“POR QUE EU PRECISO DISSO?”
Steve Jobs afirmou: “As ferramentas são apenas ferramentas. Ou funcionam ou não funcionam.” Como sugere esta frase, a tecnologia não é importante, mas sim, as pessoas. A tecnologia é uma simples ferramenta para facilitar as nossas vidas. Muitas vezes, olhando um novo dispositivo ou eletrodoméstico que incorpora novas tecnologias, as pessoas se perguntam: “Por que eu preciso disso?” Hoje, temos a possibilidade de nos perguntar: “Tenho preocupação com minha saúde, segurança, contas de energia etc. Quais dispositivos ou sistemas podem me ajudar?”
Na verdade, esta é a maneira correta de pensar uma casa inteligente: perguntando-nos como podemos melhorar o desempenho da construção, facilitar e melhorar a qualidade de vida das pessoas, levando em conta a idade, condição física e o futuro dos usuários e suas necessidades.
As respostas a essas perguntas traçam os melhores caminhos e soluções para os novos empreendimentos. Pensar em uma estrutura orgânica que possa incorporar benefícios e facilidades para as pessoas, não só uma construção bonita cheia de “coisas legais” ou sistemas para “embelezar” ou incrementar a imagem de um empreendimento. Pense nisso!
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