Com mais de 810,6 mil empregos verdes criados, geração própria solar atinge 27GW no País
Um levantamento realizado pela ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica) revelou que a geração própria de energia solar ganha cada vez mais terreno no Brasil. Fundada em 2013, a entidade reúne todos os elos da cadeia de valor da fonte solar fotovoltaica e demais tecnologias limpas, incluindo armazenamento de energia elétrica e hidrogênio verde.
CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia observa que a expansão dessa tecnologia em solo brasileiro fortalece a sustentabilidade, alivia o orçamento das famílias e amplia a competitividade dos setores produtivos locais. “A geração própria instalada em telhados, fachadas e pequenos terrenos, diretamente nos centros urbanos e de consumo, ajuda a fortalecer e traz mais resiliência à rede elétrica, ao concentrar a geração de eletricidade próximo dos locais de consumo”, complementa Rodrigo. “Isso reduz o uso da infraestrutura de transmissão, aliviando pressões sobre sua operação e diminuindo perdas em longas distâncias. A fonte solar é, portanto, uma alavanca para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do País”.
NOVOS INVESTIMENTOS
A associação constatou que a geração própria de energia solar ultrapassou a marca de 27GW de potência instalada em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos no Brasil, com mais de 3,4 milhões de unidades consumidoras atendidas pela tecnologia fotovoltaica. Segundo mapeamento da entidade, o País possui mais de 2,4 milhões de sistemas solares fotovoltaicos instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos.
Desde 2012, foram cerca de R$ 135,5 bilhões em novos investimentos, que geraram mais de 810,6 mil empregos acumulados no período, espalhados em todas as regiões do Brasil, e representam uma arrecadação aos cofres públicos de R$ 32,7 bilhões. Mais de 5.500 municípios já aderiram à tecnologia fotovoltaica.
Ao calcular os custos e benefícios da chamada “geração distribuída”, um estudo recente da consultoria especializada Volt Robotics aferiu que a economia líquida na conta de luz de todos os brasileiros será de mais de R$ 84,9 bilhões até 2031. Os benefícios líquidos da geração distribuída equivalem a um valor médio de R$ 403,9 por megawatt-hora (MWh) na estrutura do sistema elétrico nacional, ante uma tarifa média residencial de R$ 729 por MWh no País.
ESPAÇO PARA CRESCER
Presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, Ronaldo Koloszuk acredita que o Brasil pode, em pouco tempo, tornar a matriz elétrica brasileira ainda mais limpa e renovável.
Ele afirma que as 3,4 milhões de unidades consumidoras abastecidas com energia solar distribuída são motivo de comemoração, mas que ainda há muito espaço para crescimento, já que o Brasil possui cerca de 92,4 milhões de unidades consumidoras de energia elétrica no mercado cativo. “Devemos seguir o exemplo de países mais desenvolvidos nesta área, em especial a Austrália, que, com boas políticas públicas, tornou-se referência global no uso da energia solar em residências e empresas”, acrescenta Ronaldo.
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