Um sonho realizado, casa na Serra Gaúcha é inspirada na grife francesa Hermès.

Com projeto assinado pela arquiteta Priscila Poli, da Casamar, propriedade de 200m² conta com um visual encantador e exclusivo

Lar de um jovem casal, essa linda propriedade fica no coração da Serra Gaúcha e ganhou um visual cheio de personalidade, criado pela designer Priscila Poli, da Casamar Hub de inovação em design de interiores, a Casamar é especializada em casas de férias e, nesse projeto, recebeu uma orientação clara dos clientes: eles queriam um lugar “mágico”, exclusivo e cheio de personalidade.

A missão foi cumprida à risca por Priscila, que lançou mão de ideias e soluções criativas e de muito bom gosto para entregar aos proprietários a casa de campo com a qual eles sonhavam. Uma inspiração para o décor foi a grife francesa Hermès – referência que aparece de forma bastante oportuna em diferentes espaços da residência.

IMPACTO VISUAL

A identidade da marca, por exemplo, se faz presente no hall de entrada da casa, com paredes alaranjadas na cor Tangerina Fresca, em composição com o verde musgo e um cimento queimado diamantado perolado e couro (matéria-prima que ajudou a tornar a grife conhecida em todo o mundo). Ladrilhos desenhados à mão, no piso e no teto, roubam a cena, enquanto cortinas de linho e metais dourados acrescentam um toque extra de sofisticação ao décor.

“Nesse ambiente, a ideia foi trazer a transição da grife, que saiu do ramo de produtos equinos para se tornar a maior marca de luxo do mundo”, conta Priscila. “O hall faz parte de uma área integrada e essa foi uma maneira de transformar ele em um limitador do espaço”.

O impacto visual da sala principal é dado nos 360°, onde é possível ver um piano, a adega ao fundo e uma lareira em pedra natural à frente. A sala é clara e possui muitas texturas: o teto de madeira que traz ainda mais aconchego, a pedra, o linho, o sofá em boucle, que adiciona ainda mais referência de sofisticação ao projeto.

PERSONALIZAÇÃO

Para tornar o projeto ainda mais personalizado, a designer de interiores atendeu a um desejo específico dos proprietários: dar protagonismo ao piano do filho de quatro anos do casal, que se tornou um dos itens principais da casa de campo.

O piano foi instalado na sala íntima, de modo a incentivar e favorecer o convívio familiar. “Consigo imaginar a rotina em família nesse espaço: enquanto o filho toca piano, o pai estará fazendo o jantar e a mãe, lendo um livro”, diz a autora do projeto.

Seguindo as referências da marca Hermès, a utilização de materiais como couro, linho e ladrilhos antigos foi estratégica. Os materiais foram escolhidos a dedo, uma vez que remetem as decorações dos casarões dos Haras da época, e englobam uma característica forte da família de moradores: a ousadia.

SENSAÇÕES MULTISSENSORIAIS

Pertences valorizados pelo casal (ela, uma das maiores especialistas em marketing de hospitalidade e entretenimento do país; ele, Chief Experience Officer de uma grande rede de restaurantes temáticos) também se fazem presentes nos cômodos da casa. São quadros assinados por artistas como William Silvers, artista visual da Disney e da Universal Studios, e Raphael Langowski (todos feitos especialmente para a família).

Outro aspecto interessante da propriedade é que cada ambiente da residência tem um pé direito com tamanho diferente. A ideia foi utilizar a estratégia de compressão e descompressão, evocando sensações multissensoriais e fazendo com que as pessoas que entrem na casa sintam estímulos diferentes. A designer potencializou essa estratégia utilizando arcos com reflexos dourados para dividir os espaços, o que dá aos visitantes a sensação de estarem atravessando portais.

MEMÓRIAS

Em um momento, se está em uma sala com pintura verde micro texturizada e com pé direito baixo; em outro, em uma sala convidativa com pé direito mais alto e muita entrada de luz solar, rótulos à mostra e um piano em laca branca refletindo a luz e brilho de um lustre de cristal fixado em um pé direito duplo de madeira.

“Para nós, não importa se a casa fica na área urbana, rural ou litoral”, conclui Priscila. “Todas as casas merecem ser casas de férias, com memórias esperando para serem criadas. Hoje, não é mais sobre transformar casas de férias no campo ou na praia, e sim, sobre transformar casas que em qualquer lugar você esteja de férias”.