Com direção de Marie Kreutzer e estrelado por Valerie Pachner, O Chão Sob Meus Pés chegou no circuito streaming
Quarto longa-metragem de Marie Kreutzer (e indicado ao Urso de Ouro no 69º Festival de Berlim), o drama O Chão Sob Meus Pés entrou em circuito no Brasil diretamente em streaming (Now e Vivo Play). Na trama, o público acompanha a trajetória de Lola (Valerie Pachner), uma consultora de negócios que gerencia sua vida pessoal com a mesma eficácia que usa para otimizar margens de lucro.
Porém, nem tudo é o que parece ser na vida da protagonista, que mantém um caso sigiloso com a chefe, Elise (Mavie Hörbiger), e faz segredo sobre a existência de uma irmã mais velha com distúrbios psicológicos. Eventos inesperados acabam obrigando Lola a revelar alguns desses fatos ao mundo, o que a fará perder o controle sobre sua realidade.
Atuação memorável
O Chão Sob Meus Pés foi exibido no Mix Brasil e no Festival do Rio, sendo considerado uma corajosa declaração feminista, através dos medos de sua protagonista em ter um desempenho inferior em um mundo profissional dominado por homens. Com uma atuação memorável de Valerie Pachner, o quarto longa-metragem de Marie Kreutzer é um retrato sobre a realidade da mulher no século XXI.
Segundo a diretora, Lola foi inspirada na personagem Marnie (do suspense Marnie, Confissões de uma Ladra, um clássico de Alfred Hitchcock). “O que elas têm em comum é sua independência, sua maneira de viver sem precisar confiar em ninguém, recusando a ver sua própria escuridão”, diz a cineasta. “Elas estão totalmente sozinhas e isso as tornam personagens muito comoventes e vulneráveis, ao mesmo tempo em que são ‘difíceis’”.
A diretora
Nascida na Áustria, em 1977, Marie Kreutzer estudou roteiro na Academia de Cinema de Viena. Seu primeiro filme, The Fatherless, estreou no Festival de Berlim no Panorama Especial em 2011 e recebeu Menção Especial por “Melhor Primeiro Longa Metragem”.
Seu segundo filme, Gruber is Leaving (2015), foi nomeado para o Prêmio de Cinema Austríaco e recebeu Menção Especial como “Melhor Filme” no Festival de Zurique. Em 2016, We Used to be Cool (terceira produção realizada pela diretora) também estreou no Festival de Zurique em competição.
Está e outras matérias interessantes incrementam a edição 181, basta acessar o link abaixo
(https://pt.calameo.com/read/004509496319c42df6280)
e conferir a revista inteira…