Novo filme de Steven Spielberg leva o espectador de volta aos turbulentos anos da Guerra Fria
Texto: Juliana Mel
Imagens: Divulgação
Não importa se na trama há tubarões, dinossauros ou extraterrestres… Steven Spielberg sabe como transitar entre diversos gêneros com maestria, sempre provando que é possível retomar qualquer tema sem que este pareça ultrapassado. Ele foi brilhante, por exemplo, ao retratar a Segunda Guerra Mundial nos premiados A Lista de Schindler e O Resgate do Soldado Ryan. E agora, nos leva de volta aos conturbados tempos da Guerra Fria em Ponte dos Espiões.
O roteiro é assinado pelos irmãos Ethan e Joel Coen (de Onde os Fracos Não Têm Vez e Fargo), juntamente com Matt Charman, que foi o grande responsável por apresentar a Spielberg a trajetória de James Donovan, advogado especializado em seguros e sempre preocupado em agir dentro da Lei. O filme relata o momento em que ele é convocado para uma missão diferente do usual: defender o caso de um suposto espião soviético capturado pelo governo americano.
Revival
Após ter ficado dormente por vários anos, o gênero “espionagem” volta com força total na nova produção de Spielberg, cuja trama ainda reserva ao protagonista um papel importante na negociação de uma arriscada operação de troca entre o cliente de Donovan e um piloto estadunidense mantido como refém pelo governo alemão-oriental. Não espere, porém, uma trama do gênero na linha de Missão Impossível ou da série James Bond: aqui, os espiões são pessoas de carne e osso, às voltas com conflitos e perigos reais.
O longa é estrelado por Tom Hanks (esta é a quarta parceria entre o ator e Spielberg). Mas foi a interpretação de Mark Rylance, como o prisioneiro Rudolf Abel, que realmente roubou a cena, rendendo-lhe o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante no Oscar 2016. A produção também recebeu indicações em outras cinco categorias: Melhor Filme, Trilha Sonora, Mixagem de Som, Design de Produção e Roteiro Original.
Em um vídeo disponibilizado pela Fox Film do Brasil em seu canal no YouTube, Tom Hanks comentou sua parceria com Spielberg. “Os filmes que fiz com Steven foram bem diferentes um do outro”, disse o ator. “O Resgate do Soldado Ryan (1998) foi uma obra emocionante de documentação histórica, O Terminal (2004) contemplava o comportamento norte-americano da época e Prenda-me se for Capaz (2002) foi uma perseguição obstinada, fascinante. Sinto-me muito confortável em trabalhar com Spielberg e mostrar o que sei fazer. Ele é o chefe, mas ouve e vê o que acrescento aos seus filmes”.
Ponte dos Espiões já foi disponibilizado pela Fox-Sony Pictures Home Entertainment para compra em filme digital (em plataformas multidigitais como iTunes, Google Play e PSN) e, a partir de março, estará acessível para locação em filme digital na NET, PSN, Vivo, Oi TV, GVT, Google Play, além dos formatos DVD e Blu-ray (para compra e locação).