A evolução dos videogames segue tão rápida.

À medida que os celulares se modernizam, setor de jogos cresce e marcas se tornam cada vez mais ousadas

A evolução dos videogames segue tão rápida quanto o aumento de sua popularidade. Apenas no Brasil, o negócio de games movimenta um montante de R$ 12 bilhões ao ano, o que faz de nosso país um líder em receita na América Latina (e o 13º no ranking mundial). E a demanda por jogos só tende a crescer nos próximos anos, já que, hoje, é possível utilizar os dispositivos móveis para curtir esse hobby com o máximo de qualidade.

Pedro Oliveira, cofundador da OutField (primeira gestora de recursos da América Latina focada nas oportunidades de investimentos em esportes tradicionais, entretenimento e jogos eletrônicos), afirma que o setor de games e eSports se tornou muito atraente para os investidores. “Quando falamos de games, pensamos somente nos jogos, mas há todo um ecossistema que movimenta a indústria e faz com que ela gere muito recurso”, destaca.

Fundada em 2016 por Lucas de Paula e Pedro Oliveira, a OutField é uma empresa focada nos negócios do esporte e do entretenimento. O objetivo do grupo, formado por OutField Strategies e OutField Ventures, é potencializar esse esporte na América Latina, a começar pelo Brasil. A OutField tem em seu portfólio grandes empresas, clubes e atletas, como New Balance, Wix, Flamengo, Red Bull Bragantino, StubHub, Anderson Silva, além de ter investimentos em mais de dez empresas destes setores.

DESAFIO CONTÍNUO

De acordo com a Pesquisa Game Brasil (PGB), em média, 74,5% dos brasileiros jogam videogames, sendo que cerca de três em cada quatro jogadores preferem os eletrônicos e 48,3% escolhem os celulares como principais plataformas. Outros dados também chamam a atenção do mercado financeiro: atualmente, há 1.009 desenvolvedoras de games formalizadas no país, um aumento de 152% se comparado a 2018, quando haviam 375 empreendimentos do gênero.

Nem mesmo a pandemia conseguiu estancar o crescimento do mercado de games. Isso porque, em 2022, vários lançamentos foram adiados para este ano. The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom, da Nintendo, Final Fantasy XVI, da Square Enix Holdings, Dead Space, da Electronic Arts e Diablo IV, da Activision Blizzard, são alguns dos títulos que estão por vir.

Para Marcelo Rocha, VP Latam da CleverTap, plataforma de retenção e engajamento de usuários, não há como negar que, com tantos nomes conhecidos, há cada vez menos espaço para as novas marcas se consolidarem no topo das plataformas de downloads: “Sabemos que muitas pessoas compram os jogos, ‘zeram’ o game e partem em busca de outro título para se satisfazerem”, comenta Rocha. “Por isso, o grande desafio, além de fazer o usuário baixar o aplicativo, é mantê-lo dentro do jogo.

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