A computação de borda surgiu no final dos anos 1990

Por Roberto Blatt

Surgida no final dos anos 1990, tecnologia tem se mostrado uma importante aliada da Internet das Coisas

Com o aumento incontrolável da quantidade de dados processada nos sistemas computacionais e o preço cada vez menor por byte armazenado para armazenamento remoto (em “nuvem”, a “cloud computing”), começou a ficar conveniente para as empresas usuárias de volumes massivos de dados enviarem tais informações para esta “nuvem”, dispensando, assim, a aquisição de grandes servidores de dados. O processamento, em muitos casos, também passou a ser remoto.

Porém, com o advento da Internet das Coisas, a necessidade de comunicação rápida entre dispositivos ficou mais evidente, como, por exemplo, entre carros conectados, semáforos inteligentes, sinais de trânsito, equipamentos hospitalares, equipamentos de automação residencial e até videogames, que requerem resposta praticamente instantânea. Assim, surgiu a necessidade de se deslocar parte do processamento e do armazenamento de dados para mais perto dos dispositivos que os originam. E surgiu a computação de borda, ou “edge computing”.

EDGE COMPUTING

A computação de borda surgiu no final dos anos 1990, para permitir distribuir conteúdo de vídeo e outros a partir de servidores localizados mais próximos do usuário final que os da cloud computing. Depois, essas redes da borda passaram a hospedar também aplicações, no que passou a ser o serviço de computação de borda.

Trata-se, essencialmente, de um novo conceito de topologia de rede de computadores, onde os dados oriundos de dispositivos sem grande capacidade de processamento, como, por exemplo, sensores, são processados na periferia (borda) da rede, ou seja, o mais próximo possível da sua fonte, para evitar uma alta latência, a demora elevada para uma solicitação ser passada a outro ponto – como seria o caso do processamento na nuvem – e começar a ser respondida.

A edge computing, por fazer o processamento mais próximo da fonte dos dados, permite reduzir o consumo de energia, utilizar uma largura de banda menor e diminuir a latência em relação ao processamento na nuvem. Em caso de necessidade de maior processamento, pode-se, então, recorrer à cloud computing, com edge computing servindo de filtro para que sejam enviados apenas os dados importantes para a nuvem…

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