Com uma manutenção adequada, o sofá, um dos principais móveis da sala, poderá embelezar o ambiente por muito mais tempo
Por Redação Fotos Julia Herman
Um dos móveis mais importantes da sala, o sofá proporciona charme e conforto ao ambiente – e por essa razão, merece uma manutenção cuidadosa, que assegure sua durabilidade e o próprio equilíbrio estético do espaço, para o qual contribui de forma decisiva. A arquiteta Isabella Nalon tem boas dicas para levar a cabo essa missão, protegendo a peça de eventuais manchas, rasgos e ácaros.
“Pode passar desapercebido à primeira vista, mas a poeira, migalhas, restos de comidas e manchas decorrentes de vários fatores podem, com o tempo, danificar o estofado de uma maneira irreversível”, alerta a especialista. Ainda segundo a arquiteta, a rotina diária (ou semanal) é importantíssima para a conservação, principalmente nos lares de quem conserva o hábito de fazer as refeições sentados sobre ele. “Não deixar a sujeira acumular é o segredo”, prossegue Isabella. “Nestes casos, indico o aspirador para uma limpeza com a frequência de duas vezes por semana. Capas, mantas e almofadas ajudam a proteger o sofá”.
IMPERMEABILIZAÇÃO
Entre as formas de manter o sofá bonito e conservado está a impermeabilização, que contribui para aumentar a vida útil do tecido. O processo costuma ser feito por empresas especializadas, que aplicam um produto no móvel por meio de um pulverizador. Isso fecha as fibras do tecido, evitando a penetração de líquidos e evitando que a superfície fique úmida. Isabella destaca que a impermeabilização previne as manchas e os maus odores. “No caso de sofás usados, torna-se necessário efetuar a limpeza antes do procedimento”, acrescenta.
Cada empresa possui uma técnica e produto para a realização do trabalho. Portanto, é relevante entrar no detalhamento para escolher a metodologia a ser contratada. Vale lembrar que a atividade não altera a cor e nem a textura do tecido e, depois de efetivada, deve-se aguardar entre duas e três horas para sentar-se novamente.
Além da impermeabilização, empresas do mercado também executam a higienização. Por meio de produtos bactericidas e fungicidas, o sofá conta com a eliminação de micro-organismos que se acumulam nas fibras do tecido e são prejudiciais à saúde. Mas a arquiteta lembra que os vários tipos de tecido se comportam de maneira diferente na hora da limpeza. Um produto aplicado de forma errada pode ocasionar uma grande dor de cabeça e um problema ainda maior e mais difícil de ser solucionado. A recomendação de Isabella é sempre contratar especialistas para se incumbirem dessa tarefa.
COM QUE TECIDO EU VOU?
No que se refere aos tecidos, convém levar em conta as características de cada um, que oferecem diferentes vantagens aos proprietários de sofás e à conservação das peças. O couro natural ou sintético, por exemplo, é um dos tecidos mais resistentes e fáceis de limpar, além de não requerer cuidados intensos. Também não absorve sujeiras, o que faz dele uma boa escolha para quem gosta de passar muito tempo no sofá.
Outra opção, muito prática, é o Acquablock. No caso desse tecido, as manchas não aderem às fibras, o que impede o acúmulo de pó. A arquiteta costuma especificar sofás com esse material inteligente em casas situadas na orla do litoral, em áreas com piscina ou com crianças e pets.
“A lona não é muito convencional, mas também é um dos tecidos mais resistentes que podemos encontrar”, revela a especialista, “Reconhecido por seu conforto, também gosto muito do suede, que é igualmente fácil para limpar e é longevo. Com esse efeito de camurça sintética, produzida com poliéster sem trama, a estética é linda e ainda evita o acúmulo de poeira”.
BICHINHOS DE ESTIMAÇÃO
Em casas nas quais os bichinhos de estimação costumam subir no sofá, é imprescindível uma limpeza assídua. A dica é evitar tecidos com texturas que desfiam facilmente, ou com alta aderência aos pelos. Entre os acabamentos sugeridos, microfibra, poliéster e couro são lisos, fáceis de limpar e ainda melhor quando acompanhados por capas e mantas para auxiliar na conservação.
Por fim, há a questão das manchas, que podem ser causadas pelo derramamento acidental de líquidos na superfície do móvel. Às vezes, na pressa de tentar removê-las do tecido, a pessoa pode acabar danificando de vez o móvel. O segredo, portanto, é não permitir o acúmulo.
Para contornar situações desagradáveis, Isabella recomenda duas medidas: um pano levemente úmido juntamente com algumas gotas de detergente neutro e, em certos casos, uma escovinha de cerdas macias. Entretanto, nada de agir por impulso. A arquiteta orienta um teste em uma área cega do sofá para avaliar possíveis reações. “Em hipótese alguma utilize outro produto que não seja detergente neutro”, conclui a arquiteta. “Do contrário, o risco de avarias é grande”.
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