Advogado comenta as principais modalidades de golpes digitais e dá dicas para evitá-los
Da mesma forma que tornaram a comunicação e o acesso às informações mais dinâmico e democrático, a internet e as redes sociais (WhatsApp, Facebook e Instagram) nos deixaram vulneráveis a novos tipos de golpes e ataques digitais. Este cenário, que já é preocupante, se agrava quando levamos em conta a falta de conhecimento que a maioria das pessoas tem sobre o assunto.
Uma das falcatruas mais comuns hoje em dia, a clonagem de WhatsApp é uma das novas ameaças com as quais os internautas precisam aprender a lidar. Nesse tipo de golpe, os criminosos enviam mensagens aos contatos da pessoa cujo celular foi clonado, solicitando dinheiro.
“Muitas, por acreditarem que um conhecido está passando por uma emergência, fazem as transferências financeiras e se tornam vítimas do golpe”, explica Sergio Vieira, advogado e sócio-diretor do Nelson Wilians Advogados.
“BUG DO PIX”
Porém, este não é o único golpe virtual que anda se multiplicando nos últimos tempos. Vieira também cita o “bug do Pix”, que tem se popularizado nas redes sociais. “Nele, os criminosos indicam que, por um erro no Pix, as pessoas podem ganhar mais do que transferiram para uma determinada chave”, diz o advogado. “É claro que é tudo mentira e, após o envio, a vítima perde o dinheiro para sempre.” Semelhante à clonagem, existe, ainda, o “golpe do WhatsApp duplicado”. Nesse caso, os criminosos se passam por uma pessoa, utilizando seu nome e foto de perfil, mas com um número diferente.
Vieira alerta que, ao utilizar a identidade de um indivíduo, o criminoso solicita depósitos e transferências bancárias aos familiares e amigos da pessoa. As possibilidades de golpes não param de crescer e, a cada dia, os criminosos encontram novas formas de fazer vítimas. Para evitar essas e outras armadilhas dispersas nas redes sociais, a prevenção é sempre a melhor estratégia.
DICAS PARA EVITAR GOLPES
Segundo Vieira, a primeira dica é ligar o “desconfiômetro”. Se alguém lhe pedir dinheiro, não hesite em solicitar um áudio. Ao clonarem ou duplicarem o WhatsApp de um indivíduo, os criminosos conseguem se passar pela pessoa e, assim, solicitam dinheiro em seu nome para seus contatos.
Na maioria dos casos, os golpistas encenam uma situação de emergência. “Os conhecidos, dispostos a ajudar, acabam realizando as transferências”, prossegue o advogado. “Para evitar cair nesse golpe, solicite ao remetente da mensagem que lhe envie um áudio. Assim, você poderá, de fato, atestar a veracidade da história.
Vieira ainda aconselha a nunca fornecer senhas de redes sociais ou de cartões por telefone ou e-mail. O roubo desses dados é outra prática constante no Brasil, já que, por meio desses dados confidenciais, os criminosos se passam por redes sociais e instituições financeiras e enviam mensagens ou e-mails para as vítimas.
“Nessas mensagens, os bandidos solicitam a senha de sua conta em uma rede social e até mesmo a senha de seu cartão”, explica o advogado. “Muitas pessoas, por acreditarem que se trata de algo sério, fornecem o dado confidencial e, no fim, podem ter grandes prejuízos financeiros. Por isso, nunca forneça suas senhas ou qualquer outro dado pessoal por telefone, mensagem ou e-mail. As redes sociais e as instituições financeiras, certamente, não fazem esse tipo de solicitação.”
A última recomendação de Vieira para evitar os golpes mais comuns aplicados nas redes é ficar atento às lojas e aos vendedores em sites, pois podemos cair em uma dessas armadilhas justamente ao comprarmos um produto ou serviço pela internet. “Muitas vezes, as pessoas pagam por algo que nunca irão receber”, lembra o advogado. “Para que essa situação não aconteça, é importante pesquisar sobre a loja ou sobre o vendedor. Pesquise sobre a reputação do site na internet e veja se, de fato, a compra é segura.”
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