Canto da Toscana destaque da CASACOR SP 2022

Um destaque da CASACOR 2022, Canto da Toscana promoveu a integração entre o clássico e o contemporâneo

Fotos Kadu Lopes

A estreia da arquiteta Sabrina Salles na CASACOR (o mais importante evento de decoração, design e arquitetura da América Latina) se deu em grande estilo. Com mais de 20 anos de experiência no setor, a especialista idealizou o belíssimo espaço Canto da Toscana, uma área gourmet com 49m² que foi um dos destaques da mostra em 2022.

Sabrina conta que o conceito estético do projeto se baseou em uma arquitetura atemporal, com história e elementos clássicos mesclados a elementos contemporâneos. Uma das inspirações para o espaço foi a própria Avenida Paulista, englobando histórias dos barões de Café e imigrantes italianos. “A ideia foi trazer para o espaço o ar da Toscana, com um toque de elementos rústicos, aconchegantes, biofílicos e elegantes”, afirma a autora do projeto.

Tanto a conexão entre os elementos rústicos e o ar da cidade italiana como a presença pontual da natureza no espaço conectam o ambiente com o tema da mostra: Infinito Particular. Sabrina ressalta que, a partir da permeabilidade visual, da memória afetiva por meio dos elementos clássicos com história e lembranças de casarões antigos, o projeto dialoga com o mote do evento. 

APELO IRRESISTÍVEL

Com um apelo visual irresistível, o Canto da Toscana mostrou uma estética leve e harmoniosa, na qual as formas geométricas contrastavam com outras mais orgânicas, e onde tanto o mobiliário moderno como a presença pontual do verde ganharam os devidos destaques na composição. Com uma paleta de cores criteriosa, que reuniu tons quentes e terrosos, o projeto exibiu uma ambientação intimista e convidativa, sublinhada pelas presenças de obras de Alessandro Gruetzmacher, Cris Conde e David José, que apelavam à memória afetiva dos visitantes.

As excelentes escolhas da arquiteta para o espaço (que recebeu marcenaria da Ornare, marmoraria da VM Stone, metais da Deca, tintas da Coral, mobiliários da Breton e equipamentos da LG e da Evol) incluíam uma charmosa mesa de mármore, que era uma de suas protagonistas. De modo geral, os móveis tinham um apelo rústico, que combinavam muito bem com os revestimentos utilizados no ambiente (que uniam a madeira, a pedra, o vidro, o porcelanato e o tijolo brick).

A integração entre os espaços interior e exterior era outra característica que podia ser percebida no projeto. Segundo a arquiteta, essa proposta levou à opção pelo Kit Janeiro da Portobello na entrada, o qual remetia aos ladrilhos das calçadas da avenida Paulista. “Outros elementos, como vegetação, serralheria e a janela revestida em lona Tensoflex, também trouxeram para dentro do ambiente um pouco da área externa”, acrescenta a especialista.

Uma ilha com tampo de duas peças foi especialmente desenhada para o ambiente pelo escritório de Sabrina. “Também destacamos o pergolado da entrada, projetado pelo nosso escritório e a janela decorativa e a paginação do piso com fluidez que gostaríamos de causar na entrada”, prossegue a autora do projeto.

SOM E LUZ AUTOMATIZADOS

Por se tratar de um ambiente que estimulava o convívio entre as pessoas, o Canto da Toscana também ganhou alguns apêndices técnicos que se encarregaram de reforçar sua proposta descontraída, sofisticada e intimista. Uma das ideias de Sabrina para criar essa atmosfera foi acrescentar boa música ao espaço, uma tarefa cumprida pela Custom Home Theater, empresa especializada em automação de residências e ambientes corporativos.

“A Custom nos ofereceu todo o serviço de automação, com iluminação, controle de intensidade das lâmpadas e um painel tecnológico com controle pelo celular”, conta a especialista. “Assim, fica muito prático controlar tudo na hora de receber os amigos. É possível, por exemplo, trocar a música enquanto se degusta um vinho à mesa ou aumentar o som com o máximo de praticidade.”

Ainda segundo Sabrina, a Custom se encarregou de garantir ao ambiente uma distribuição eficaz e discreta de acústica por meio de caixas de som embutidas. “O som é distribuído de forma muito legal e a pessoa não sabe de onde ele vem”, diz a arquiteta. Sabrina também explica que os alto-falantes de embutir eram mais adequados à proposta estética do Canto da Toscana.

“A ideia era trazer um ar mais retro e antigo, e por essa razão, caixas de som aparentes não eram indicadas para esse projeto”, conclui a especialista. “Também agregamos ao espaço uma iluminação automatizada, o que permite escolher as cenas de acordo com o uso do espaço.”

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