Projeto foi lançado em Los Angeles pela Cervejaria Pratinha, de Ribeirão Preto, está sendo apresentado no Mondial de la Bière, no RJ, entre 4 e 8 de setembro
Se o mercado de cervejas artesanais vem crescendo vertiginosamente no Brasil – em 10 anos, foi de 70 para 700 novas fábricas –, as cervejarias têm usado o potencial criativo para estabelecerem identidade e posicionamento. Um dos exemplos mais proeminentes tem sido a Cervejaria Pratinha, de Ribeirão Preto-SP, que, além de 28 medalhas em 7 diferentes concursos no mundo, vem conquistando o público pelo DNA marcado pela disrupção e mindset inovador.
O mais recente projeto é o conteúdo interativo para um display volumétrico que produz imagens holográficas de alta qualidade voltado para a apresentação de produtos nos pontos de venda. O Looking Glass é um equipamento que permite receber este conteúdo e foi apresentado na Siggraph, – maior e mais importante evento de computação gráfica e mídias interativas do mundo – em Los Angeles, entre os dias 28 de julho e 01 de agosto. O conteúdo desenvolvido para “rodar” neste equipamento foi desenvolvida no Beer Hack Lab, o laboratório de inovação da Pratinha.
A tecnologia apresenta imagens tridimensionais holográficas e permite interação com o consumidor através de touch screen e reconhecimento de gestos. A impressão é de que a cerveja é real e está bem ali, na frente do cliente.
“É uma experiência com a marca no PDV que surpreende, desperta curiosidade e a vontade do consumo imediatamente. Pensamos em utilizar isso não só como forma de divulgação no PDV mas como uma mídia para interagir com o consumidor e evoluir para uma venda online”, explica José Virgílio Braghetto Neto, sócio e diretor da Cervejaria Pratinha.

Novidade apresentada no Brasil
O projeto de holografia da Pratinha foi lançado em território nacional durante o Mondial de la Bière, no Rio de Janeiro, evento realizado entre 4 e 8 de setembro. A Pratinha esteve presente como convidada no estande da Cervejaria Colorado, apresentando os rótulos Birudô (Witbier) e a premiada Culotte de la Duchesse (Red Flanders Ale), além de um título da Colorado, a Ribeirão Lager.
O Mondial de la Bière acontece em três países simultaneamente. Este ano, já houve uma edição em São Paulo. Agora, o festival chega ao Píer Mauá, no Centro da capital carioca. São mais de 100 cervejarias nacionais e estrangeiras participando do evento.
Cervejas e tecnologia nascem em laboratório científico apelidado de Beer Hack Lab
Em pouco tempo, a Pratinha já colocou em ação diversos projetos com foco em inovação tecnológica e sustentabilidade. E a ciência tem um destaque especial na cervejaria: desde a fundação da fábrica, um laboratório exclusivo é dedicado ao desenvolvimento de estudos, experimentos, protótipos de cervejas e novas tecnologias. O Beer Hack Lab também é aberto à visitação pública aos sábados, como parte do Tour Pratinha.
É dentro do Beer Hack Lab onde ideias são colocadas em prática, como o uso de energia solar e um foto biorreator de algas, além do tratamento de 100% do resíduo orgânico gerado na criação das receitas.
Uma das ideias de destaque é a B33r3d, iniciativa voltada para o público cervejeiro geek. Trata-se de um projeto de impressão 3D através do qual foi desenvolvido um filamento biodegradável com resíduos de produção das cervejas e P.L.A (ácido poliláctico, um polímero feito de amido de milho). É possível também baixar gratuitamente projetos de acessórios cervejeiros para serem impressos em casa.
“Além do padrão de excelência das nossas cervejas, prezamos também pelo papel no desenvolvimento sustentável e tecnológico do setor. A Pratinha sempre se portou como uma startup e os frutos de todo este trabalho já estão sendo colhidos”, explica José Virgílio Braghetto Neto.