Tão bom quanto os filmes anteriores, novo capítulo da série Jurassic Park tem cenas de ação eletrizantes e dinossauros assustadores

Texto: Marcela Mattia
Imagens: Divulgação

Ressuscitando uma das maiores franquias cinematográficas de todos os tempos, Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros nos leva de volta a um mundo em que humanos e dinossauros convivem pacificamente – ou quase! É uma tradição que começou em 1993, quando o clássico Jurassic Park – O Parque dos Dinossauros fez história no cinema sob a direção de ninguém menos que Steven Spielberg (e com uma “ajudinha” dos efeitos especiais, surpreendentes para a época). Vinte e dois anos depois, estamos de volta ao parque, localizado na fictícia Ilha Nublar, na Costa Rica. Ali, o sonho de John Hammond (Richard Attenborough), o criador do Parque dos Dinossauros, finalmente se realizou: o local está aberto à visitação do público, o que sempre foi a grande ambição do magnata.

Com shows acrobáticos (e proporcionando aos visitantes a oportunidade única de ficarem lado a lado com os “lagartões”), o parque atrai muitas pessoas com suas incríveis atrações jurássicas. Mas, apesar do sucesso, a equipe responsável precisa manter o interesse do público sempre em alta. Isto leva a chefe de operações do parque, Claire Dearing (Bryce Dallas Howard), a autorizar a criação de um dinossauro geneticamente modificado: o gigantesco e sanguinário Indominus Rex. Infelizmente, isso não é tudo: além de perigosa, a criatura mostra ter uma inteligência superior à que os cientistas previram, o que faz do Indominus Rex uma ameaça não só para os visitantes, mas para os outros dinossauros. Logo o animal descobre seu hobby preferido – matar! – e o caos se inicia. Caberá a Claire e Owen Grady (Chris Pratt), treinador dos velociraptors, restaurarem a ordem no local.

Disponível em DVD e Blu-ray pelo selo Paramount/ Universal, o filme é dirigido por Colin Trevorrowb (de Sem Segurança Nenhuma) e tem produção executiva de Steven Spielberg. É um programa e tanto, com cenas eletrizantes, divertidas e emocionantes, e se beneficia de um elenco de primeira linha.

Zoológico
Esta continuação também abre espaço para a discussão de um tema importante: o uso de animais (aqui, representados pelos dinossauros) para o entretenimento humano. Compare com um zoológico: quando vamos a um lugar assim, adoramos ver os animais, principalmente os mais exóticos, como elefantes e girafas. Mas como é a vida dos bichos longe do convívio com o público? Será que eles podem ser realmente felizes vivendo em cativeiro?

Ao longo do filme, vemos os dinossauros livres em seus habitats recriados (terrestres ou aquáticos). Mas também testemunhamos seu encarceramento e os vemos serem tratados como meros objetos de diversão ou como simples fontes de lucro. Vendo as coisas sob a óptica dos gananciosos administradores do Jurassic Park, não chega a estranhar que uma ideia tão discutível – a criação de uma nova e letal espécie de dinossauro – seja prontamente aprovada e implementada. No mundo real, tanto quanto na ficção, a ética (e não o lucro) é o que deveria nortear o avanço científico. Pena que (em um caso e em outro) as possibilidades disso acontecer sejam ainda menores do que as chances de se conseguir recriar um animal extinto a partir de uma amostra de DNA.

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