Arquiteta da Edificart Construtora e Incorporadora ainda aponta a versatilidade e a personalização como tendências para as novas moradias
Mais tecnologia e uma maior conexão com a natureza. Esses são alguns diferenciais das casas do futuro, cujas características já começam a se delinear. Para a arquiteta Thaisa Nascimento Corrêa, da Edificart Construtora e Incorporadora, a popularização desse conceito é apenas uma questão de tempo. “A casa do futuro será natural, inteligente e eficiente”, antecipa a especialista, “E ao mesmo tempo em que buscamos tecnologia e inovação, a ideia é, também, reduzir o impacto ambiental das construções e intervenções humanas.”
Conforto e sustentabilidade
A tendência é que, daqui para frente, as moradias contem com soluções sustentáveis e os projetos sejam mais personalizados e versáteis. Da mesma forma, os espaços tendem a diminuir e se tornar mais híbridos, reunindo várias atividades em um mesmo lugar. As moradias compartilhadas (o chamado coliving) também deverão ganhar mais adeptos nos próximos anos.
“Desejamos morar em centros urbanos desenvolvidos sem perdermos a qualidade do ar das áreas rurais”, acrescenta a arquiteta Thaisa. “Procuramos ampliar nosso conforto em soluções residenciais menores e integradas.” Além de incorporarem a IoT (Internet das Coisas) e as tecnologias de vida inteligente (Smart Living Technologies), os edifícios e casas buscarão atender às novas necessidades e abarcar a totalidade do aspecto humano, conectando a natureza, a tecnologia e a sustentabilidade.
Ênfase na segurança
A tecnologia, claro, será um dos pilares dessa nova realidade. Seja para facilitar a vida do morador ou para fortalecer a segurança da comunidade, ela será parte integrante da vida doméstica.
As inovações tecnológicas para a construção civil apresentam inúmeras soluções, com maior evidência para a Internet das Coisas. O conceito se dá pela interconexão digital de objetos cotidianos com a internet e passa a ser utilizado para proporcionar melhorias na qualidade de vida, seja para deixar o ambiente iluminado e aquecido para quando o morador voltar para casa ou mesmo para adiantar o café da manhã antes da família acordar.
Segurança é outro tópico em alta. Soluções de reconhecimento facial irão garantir acesso aos condomínios e gerenciar o recebimento de encomendas (o morador será avisado por meio de um app que seu pedido foi entregue diretamente em sua caixa postal privada).
Biofilia
Da mesma forma, a prática do home office parece ter chegado para ficar. Nos lares, além de áreas reservadas ao trabalho, teremos espaços para relaxar, cuidar das plantas, respirar ar puro e fazer uma pausa durante a rotina diária. No caso dos apartamentos, haverá uma maior demanda por jardins privados com design únicos, com terraços que transmitem sensações de casas.
Firmemente estabelecida como uma tendência em decoração, a biofilia também terá lugar cativo nas casas do futuro, criando uma conexão entre as pessoas e o meio ambiente. Uma das missões dos arquitetos será justamente a de inserir a natureza em suas criações.
As soluções sustentáveis na construção civil vão muito além dos materiais utilizados nas obras. O conceito passa pelo antes, durante e depois da execução dos projetos, sejam com ações que reduzam os impactos ambientais, potencializem a viabilidade econômica e proporcionem uma boa qualidade de vida para as gerações atuais e futuras. A eficiência energética é um dos pontos a ser observado e, juntamente às placas de energia solar, também devem ser consideradas soluções para iluminação e ventilação naturais, o que diminui o impacto ambiental.
Cada vez mais, serão praticados conceitos como: consumo consciente, descarte correto de resíduos, reciclagem com cooperativas locais e hortas urbanas, como forma de promover a sustentabilidade. “As pessoas passam, por isso é importante construir para que aquele organismo ultrapasse as gerações, para que continue vivo, sem degradar o meio ambiente, sem degradar a cidade, permanecendo sempre vivo, saudável, harmonioso”, destaca Thaisa.
